QUALIFICAÇÃO EM TECNOLOGIA | Desafios para os novos profissionais do mercado

Os cenários previstos para as organizações do século XXI já projetavam exigências relacionadas a mudanças no modo de conduzir os negócios, sendo inúmeros os estudos publicados mencionando a importância da gestão do conhecimento e da elaboração de estratégias que considerem a aprendizagem organizacional como aspecto fundamental, relacionando esta necessidade, entre outros aspectos, à importância de se dedicar atenção ao desenvolvimento do capital humano, imprescindível para que estas adaptações tenham sucesso.

Desde a década de 1990 estes temas passaram a ser observados com maior relevância por gestores mais bem preparados e interessados na utilização de análises de cenários para embasarem as suas decisões, característica preponderante em organizações de grande porte, que investiram em altas tecnologias e em sistemas de informação para o alanvancamento dos negócios. O Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina, é exemplo disso.

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NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS – Observar os novos paradigmas tecnológicos baseados na informação, estabelecer métricas de mensuração do capital intelectual, estimular que os indivíduos façam melhor uso das tecnologias da informação e da comunicação (TICs), buscar a contextualização de informações, expandir as possibilidades de aprendizados dos usuários, melhorando uma ajuda que, até então, muitas vezes era limitada no acesso e no processamento de informações e, oferecer novas possibilidades, a partir de informações estruturadas e capazes de garantirem interoperabilidade e cooperação na relação entre os indivíduos e as máquinas são algumas das perspectivas esperadas para o aprimoramento dos resultados em diferentes setores, na área portuária não é diferente.

As operações portuárias não cessaram durante o período pandêmico e, ao contrário de alguns setores, os debates sobre o que reserva o futuro, assim como, os altos investimentos, foram mantidos. Isso fez com que no primeiro trimestre de 2021, especificamente no Porto de Santos, o lucro líquido tenha praticamente dobrado diante da receita e da redução de custos no período. De janeiro a março, a autoridade portuária reportou um resultado líquido de R$ 70,7 milhões, aumento de 93,1% sobre igual período de 2020.

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INICIATIVAS – A busca por soluções criativas combinando o uso de softwares, de automação por meio de novas tecnologias e de criatividade para a condução dos
negócios passou a ser imprescindível para o desenvolvimento sustentável e o crescimento produtivo.

O Porto de Santos revisou o planejamento estratégico 2021-2025 da companhia e incluiu iniciativas fundamentadas em aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) em seus projetos, que vêm no embalo da inclusão da Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o porto, na Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) voltada a compromissos ESG.

Estas medidas requerem a presença de pessoas altamente qualificadas na condução das mais variadas atividades e acende o alerta para um problema que precisa ser superado: a falta de mão de obra qualificada.

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NOVOS PROFISSIONAIS – A falta de profissionais capacitados em programação de sistemas, tecnologia da informação e automação pode prejudicar o desenvolvimento das atividades do setor no curto e longo prazo.

Em recente debate ocorrido no painel do 1º encontro Porto & Mar 2021, Adriana Augusto, gerente de sistemas da Santos Brasil, uma das grandes operadoras portuárias da região, reforçou a preocupação e alertou para outro fato, que é a absorção de grande parte da mão de obra altamente qualificada pelo mercado mundial, facilitada a partir da possibilidade de trabalho remoto. Com propostas financeiras irrecusáveis os melhores profissionais acabam migrando e há o agravamento da questão, vez que há dificuldades para a reposição.

A partir disso, temas como o impulsionamento da capacitação da mão de obra do setor; a necessidade de adequação do conteúdo escolar a ser abordado com as novas gerações, considerando a hipótese de formar as novas gerações com foco nestas necessidades; a revisão dos modelos e das metodologias utilizados para o ensino universitário; a busca por pessoas com expertise em tecnologia e em programação; a conscientização das pessoas sobre os benefícios e as oportunidades que a automação e as novas tecnologias propõem; a gestão do conhecimento e da aprendizagem organizacional; e, o investimento em capital humano, são cada vez mais debatidos entre os especialistas engajados em buscarem soluções adequadas para que os projetos possam ser realizados.

Para refletir sobre esse tema, o painel PORTO CIDADE INDUSTRIA, promoveu no programa de 30 de agosto, o debate: QUALIFICAÇÃO EM TECNOLOGIA – Desafios para os novos profissionais do mercado. Que teve como convidados:

Gerson Prando – Professor da FATE Doutor em Engenharia de Produção

Eduardo Lustoza – Engenheiro, Consultor Portuário

Lucia Helena Cordeiro – Palestrante Comportamental – Consultora Organizacional

Erik Sanches – Diretor Regional do CIESP Santos

SOBRE OS CONVIDADOS

GERSON PRANDO – Foi Diretor Técnico da Fundação Parque Tecnológico de Santos na gestão Papa, é Doutor em engenharia da produção, professor e coordenador de curso de Ciência de Dados da Fatec Baixada Santista, coordenador regional do INOVA CPS e membro do Projeto Minha Chance

EDUARDO LUSTOZA – Engenheiro, Consultor Portuário, Mestre em Engenharia Mecânica, Pesquisador pela Universidade Santa Cecília e Conselheiro da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS), Porta Voz do Movimento Vou de Túnel, Colunista e Comentarista do Painel Porto Cidade da Plataforma Protagonismo Cidadão

LUCIA HELENA CORDEIRO – Palestrante Comportamental – Consultora Organizacional, Mestre em Administração, Educação e Comunicação; Coach Educadora em Programas de Pós Graduação/MBA, fundadora colunista e apresentadora da Plataforma da Protagonismo Cidadão

ERIK SANCHES – Diretor do CIESP/FIESP – Santos. Pós-Graduado em Gestão Empresarial – FAAP, Empresário do Ramo de Rejuvenescimento e Qualidade de Vida, colunista e comentarista do painel Porto Cidade da Plataforma Protagonismo Cidadão

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