A experiência pessoal de participar do Fórum Brasileiro de Turismo Histórico-Cultural realizado no mês de agosto deste ano em Santos| SP, na sede da Associação Comercial e Museu do Café, consolidou algumas percepções que minha experiência de mercado já sinalizava. O evento que teve o objetivo central de reunir empresários, gestores e autoridades públicas para potencializar a exploração do turística do acervo histórico nacional nos revelou um grande mercado emergente.
Outro aspecto relevante foi notar o protagonismo da mulheres nesse mercado emergente.
Durante três dias, o Fórum contou com palestras e debates voltados a exploração de museus, teatros e equipamentos culturais como potencial ativo turístico, apresentando alternativas de maior envolvimento do trade turístico, da construção cível, do mercado de inovação e economia criativa para o aquecimento destes mercados.
Ficou comprovado a grande sinergia entre estes setores e a necessidade de maior articulação de empresários, consultores independentes, e porque não dizer, do mercado financeiro.
No âmbito do Fórum ocorreram análises de cenários do potencial dos acervos de diversas regiões para atrair investimentos, reabilitações de áreas degradas e crescimento econômico. O setor financeiro está atento em compartilhar estratégias de viabilidade e sustentabilidade econômica, alternativas de custeio e desenvolvimento para um patamar de excelência nacional e internacional desta cadeia produtiva.
PROTAGONISMO DAS MULHERES – Outro aspecto relevante foi notar o protagonismo das mulheres nesse mercado emergente. Alessandra Almeida, Diretora Executiva do Museu do Café e do Museu da Imigração foi destaque em toda a programação através do reconhecido trabalho à frente do mais bem avaliado museu da baixada santista.
Elaine Bilck, da Colmeia Cultural compôs dois painéis do Fórum e se destacou pela condução do projeto de gestão do memorial de um grande clube brasileiro de futebol. Dois bons exemplos do que assisti no Fórum de Turismo Histórico.
As mulheres constituem a maioria da população brasileira e tem uma participação massiva no turismo. Mesmo sem dados oficiais sobre a participação feminina no setor turístico brasileiro é possível afirmar que elas são a maioria, apesar de não ter uma representatividade proporcional nos cargos de liderança. Os desafios que as mulheres enfrentam nas atividades econômicas tradicionais também são vivenciados na sua atuação nos diversos negócios do turismo, e a janela de oportunidades, talvez nunca estivesse tão clara para nós.