TERMINAIS PORTUARIOS| Prevenção de acidentes ambientais

31 de julho de 2023

 

Para as populações que vivem em regiões portuárias, a preocupação com acidentes ambientais é, ou deveria ser, um fator recorrente. Pela simples razão de que os impactos das emergências ambientais surgem de formas variadas e causam danos imensuráveis para os biomas e para a própria sociedade como um todo.  Por mais modernos e confiáveis que sejam seus sistemas de contenção, diminuir riscos de incidentes, ainda é a melhor prática desejável. Acidentes como o incêndio no Pantanal em 2020. O rompimento da barragem em Brumadinho, no ano de 2019, e o derramamento de óleo nas praias do nordeste e do sudeste são exemplos reais de que por mais modernos que sejam os sistemas de contenção, a melhor prática para reduzir os riscos, é a prevenção e gestão ambiental correta.

 

PLANOS DE CONTINGÊNCIA – Quando as empresas têm um plano operacional de proteção ambiental é possível tomar decisões de maneira rápida e eficiente. Agir no menor tempo é um dos fatores essenciais em casos relacionados às contaminações. Consultada pelo Protagonismo Regional em Debate, a colunista e comentarista do painel Porto-Cidade-Industria Ana Angélica Alabarce afirmou que ao falamos em acidentes ambientais, estamos falando em atenção a todos os pontos de risco de acidentes ou incidentes na área portuária.

 

“É verdade que as autoridades regionais estão unidas e prontas para as ocorrências, cada uma em seu quadrado, mas sabendo que o resultado em parceria e respeito à hierarquia de atuação é palavra de ordem”. Afirmou. Alabarce afirmou também, que o principal objetivo da atuação conjunta é a otimização dos recursos humanos e materiais quando necessários. “Em nosso Porto (APS), há o Plano sob a coordenação do Comitê do PAM (Plano de Auxílio Mútuo) do Porto, PAPS, visando prover ações coordenadas a serem seguidas em emergências; é preciso também, olhar com carinho as atribuições que assegurem o atendimento dos processos e seus protocolos de operação”. Pontuou.

A especialista destacou os programas de segurança do trabalho e de vigilância em saúde para garantir a integridade física dos empregados, além dos equipamentos e instalações do Porto Organizado. Alaberce afirma que com isso, toda a população das áreas no raio de influência da ocorrência é protegida. “Em nossa região, o cumprimento da legislação ambiental dentro ou fora da área do Porto e das cidades ao redor é ímpar. Em caso de acidentes, emergências e outras ocorrências que possam ter influência sobre a vida e a saúde das pessoas a qualquer momento, todos são acionados, geralmente partindo da autoridade portuária”. Afirmou.

 

PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL – O diretor-presidente da ATP (Associação de Terminais Portuários Privados), Murillo Barbosa, declarou ao portal da CNT que a entidade possui um comitê de sustentabilidade para troca de informações e que cada terminal tem o seu programa de gestão, além de equipamentos próprios para conter eventuais vazamentos. “Quando é um porto organizado, o programa é até mais extenso”, sustenta. No caso do Porto de Santos (SP), O Ibama aprovou o PEI da Santos Port Authority, (hoje APS) que versa sobre o atendimento sobre o derramamento de óleo nas situações em que o causador do incidente não esteja preparado para agir imediatamente ou que excedam sua capacidade de atendimento.

Os demais terminais do porto também possuem seus PEIs de acordo com as exigências dos órgãos ambientais. Outra exigência que os portos devem seguir é a elaboração de planos de área nos locais onde existir uma concentração de instalações. Exercícios simulados são realizados com certa frequência para aprimorar o entrosamento das empresas e as diversas agencias responsáveis pela atuação nestes planos de contingência, mas há quem critique a pouco participação das comunidades locais nestes treinamentos.

Neste sentido, é possível considerar que as críticas são justas? O que a sociedade entende por atendimento à acidentes em emergência ambiental? Qual a importância dessa consciência e participação das comunidades e do cidadão comum e tais planos de prevenção?  As responsabilidades das autoridades municipais até onde vai? O que foi feito até o presente e o que precisa ser feito para melhorar? Estamos preparados para um bom atendimento à acidentes em emergência ambiental?  Até onde a sociedade conseguir interferir?

Para refletir sobre esse tema, o painel PORTO CIDADE INDÚSTRIA do Protagonismo Regional em Debate promove no programa do próximo dia 31 de Julho, a partir das 20h, o debate: TERMINAIS PORTUARIOS| Prevenção de acidentes ambientais, que terá como convidados: Silvio Dantas| Sócio da Brasclean Soluções ambientais; Ana Angélica Alabarce | Arquiteta Urbanista e Analista Ambiental; e comentários de André Ursini | Empresário CEO do Complexo Andaraguá;

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SOBRE OS CONVIDADOS

SILVIO DANTAS| Especialista em atendimento de emergência pela Universidade de Engenharia do Texas USA, Diretor de Operações e Sócio da Brasclean Soluções ambientais;

 

ANA ANGÉLICA ALABARCE PINTO – Arquiteta e Urbanista, Analista Ambiental Federal e Agente em Emergência Ambiental, com 40 anos de Serviço Público Federal, recentemente aposentando do IBAMA. Coordenou operações na Amazônia Verde e Amazônia Azul, chefe da Unidade Técnica do Ibama em Santos, atendendo as mais diversas ocorrências no Porto, como Incidentes na Ultracargo, Coopersuca, Rumo e Localfrio. Atuou em programas de prevenção de cilindros de gases perigosos abandonados, incêndio de embarcações, lixo importado da Inglaterra, Bélgica, recentemente dos Estados Unidos, e a queda dos 47 contêineres área de Fundeio, vazamentos de óleo e outros. Idealizadora de operações como RELIQUA, DESCARTE, RAMENTA, TAIFA, PLATAFORMA, visando Área Portuária e a AMAZÔNIA AZUL.

 

ANDRÉ URSINI | Co-fundador e CEO no Complexo Empresarial e aeroportuário Andaraguá S/A, Diretor de Expansão do ICIPAR Empreendimentos e Participações S/A, Diretor Superintendente da Forbes Desenvolvimento Urbano LTDA, da Peyneiras Empreendimentos e Participações S/A, e da Emirates Empreendimentos e Participações LTDA, Diretor Administrativo WordCom Publicidade LTDA, CEO WordCom Brasil S/A, É Membro da Comissão de Petróleo e Gás Natural da Bacia de Santos, Comentarista de vários jornais da região, é apresentador do Quadro de Marketing Digital na Jovem Pan Baixada Santista toda quinta-feira; Comentarista e colunista do Protagonismo Cidadão.

 

SOBRE O PROGRAMA

A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine como uma visão, selo e canal de informação. Uma Plataforma de Conteúdo, um Clube de Negócios e um Canal de Comunicação.

 

ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO

O programa Protagonismo Regional em Debate é uma produção da equipe de comunicação da Plataforma Protagonismo Cidadão em parceria com os estúdios Telavip Digital e teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020.

Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates com especialistas e lideranças de setores diversos são pautadas na identidade e vocações econômicas da região.

As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, consultores organizacionais e fundadores do Protagonismo Cidadão.

 PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas política, empresarial e estatal.

 

CANAIS DE TRANSMISSÃO

Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multiplataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram do Protagonismo Cidadão e do jornal Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a diferentes públicos, mas com foco especial no público de 35 a 55 anos, disposto ao debate crítico quanto aos desafios da vida nas cidades.