A análise do vice presidente Hamilton Mourão sobre a crise política nacional, em artigo publicado no dia 14 de maio foi o tema do primeiro programa Protagonismo Regional em Debate, do Movimento Protagonismo Cidadão, realizado no ultimo dia 22 de maio, e transmito pelas plataformas do Facebook, Instagram e YouTube.
No artigo Limites e Responsabilidades, publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, Mourão afirma que nenhum país do mundo vem causando tanto mal a si mesmo como o Brasil. Embora contenha críticas veladas a Bolsonaro, o texto manteve as críticas contra a imprensa e aos demais poderes da república.
Durante o debate, o Juiz Desembargador aposentado, e ex-presidente do TJ SP Ivan Sartori foi contundente em suas críticas ao momento de instabilidade do país, causada pelas “constantes invasões de competência entre os poderes” afirmou.
Sartori reclamou que a governabilidade do presidente está fortemente ameaçada pela ativismo político do STF, que transformou Bolsonaro num mero provedor e espectador da crise.
Para Sartori, tamanha ingerência entre os poderes não permite que o presidente governe.
Para o empresário do setor Portuário Wladimir Mattos o ambiente de polarização vivido no país é preocupante
“Com um STF, Congresso e a população divididos, o clima no governo é de pressão” analisa.
A Constituição brasileira é clara eu seus artigos 1° e 18°, onde estabelece como “clausula pétrea” a organização indissolúvel da união, dos estados e dos municípios de forma autônoma e independente.
(Ronaldo Ferreira – advogado)
Para Mattos, tamanha instabilidade tem efeito direto no agravamento da crise.
O advogado e analista político, Ronaldo Ferreira apresentou uma visão diferente de Sartori.
Para ele, a Constituição brasileira é clara eu seus artigos 1° e 18°, onde estabelece como “clausula pétrea” (não pode ser alterada por emenda constitucional) a organização indissolúvel da união, dos estados e dos municípios de forma autônoma e independente.
Para Ferreira, há um equívoco de parte da sociedade em pensar que há subordinação vertical entre governo federal, estados e municípios.
Ao comentar trecho do artigo do vice presidente, Ivan Sartori apontou para os desdobramentos da crise sanitária para outras crises, como a jurídica, a política, a institucional e a econômica.
Sartori concordou com as argumentações de Ferreira, mas fez ressalvas quanto as prerrogativas dos outros poderes e esferas da federação que estão sendo extrapoladas ao passo que estão, em paralelo “tirando do governo central a competência de estabelecer as diretrizes nacionais de enfrentamento da crise” argumentou.
A governabilidade do presidente está fortemente ameaçada pela ativismo político do STF, que transformou Bolsonaro num mero provedor e espectador da crise.
(Ivan Sartori – Desembargador)
Para Sartori, o clima de pânico promovido por parte da imprensa e os desrespeitos a constituição e as prerrogativas do governo federal estão levando o país ao caos e a destruição da economia.
Ronaldo Ferreira entende que o governo federal demorou para assumir a coordenação do processo e apontou para a necessidade das lideranças brasileiras atuarem nessa condição, de agregar os atores em prol da superação da crise. “Lideres inspiram, ao contrário de chefes que apenas dão ordens” afirmou.
Ao final do programa, Mattos destacou a oportunidade que a crise está oferecendo para a sociedade aprender a cuidar melhor de sua base.
A crise está oferecendo para a sociedade uma oportunidade de aprender a cuidar melhor de sua base.
Wladimir Mattos
(empresário)
“Nós que moramos no boqueirão ou no Gonzaga estamos afastados da realidade das comunidades carentes, das palafitas” afirmou.
“Não é uma solução fácil, pois ninguém tem uma receita de bolo para essa crise, o que é importante, é que a gente escolha um caminho único e trabalhe junto para essa solução.
E hora de dar as mãos e apostar no diálogo, como foi visto na conversa do presidente com o governador”. Concluiu
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