03 de janeiro
No final de 2015, estávamos as portas das eleições municipais no Brasil. Em meio as propostas de candidatos, um grupo de amigos formado por professores, jornalistas e empreendedores movidos pelo desejo de propor a construção de um novo modelo de relação entre sociedade e os próximos governos iniciavam a construção de uma plataforma de mandato. O objetivo inicial não avançou, mas a ideia daquele grupo permaneceu latente. Parte do grupo ainda se reunia esporadicamente, conservando como princípio, um ideal de superação do pragmatismo político partidário, a criação de um espaço para o pensamento crítico livre, e a mobilização de lideranças que acreditassem na compatibilidade do respeito a livre iniciativa com valores coletivos humanitários.
Os encontros conservavam também, a convicção de que o modelo de gestão da coisa pública aspirado por aquele grupo, contemplaria, mas do que um conjunto de princípios e valores, a determinação de encontrar as melhores soluções de leva-los a realidade prática. Os sucessivos escândalos envolvendo a classe política tornava esse desafio ainda maior, e um consenso se formou entre os objetivos do grupo: Seria preciso, antes de tudo, superar o desalento das pessoas em relação a classe política, raiz do desinteresse e da alienação da população frente os seus direitos e obrigações no conjunto da sociedade. Afinal, cidadania nada mais é que consciência de uma responsabilidade coletiva. No entanto, fruto de decisões individuais.
A revolução 4.0 ou 5.0 abriu a era da revolução digital inclusiva. Atualmente uma criança de 7 anos de idade tem mais informação que o imperador romano tinha no auge daquela civilização. Mas o que nós, como sociedade, estamos fazendo com toda essa informação? Nesta perspectiva, milhões de jovens e adultos pelo mundo acessam redes sociais e sites de notícias. No entanto, com pouca ou quase nenhuma consciência crítica sobre o que estão lendo. E o pior, sem saber o que podem fazer de concreto para impactar a vida em sociedade.
Em pleno século XXI, nossa humanidade convive entre dois grandes paradoxos. Um avanço cada vez mais acelerado dos meios tecnológicos de comunicação e produção industrial. Seja na produção de alimentos, bens de consumo, engenharia genética e transplante de órgãos. Ao mesmo tempo assiste a um assustador crescimento na produção de armas de destruição em massa, epidemias, doenças psíquicas, depressão, destruição da natureza, concentração de renda e fome. Esse paradoxo nos cobra a cada ano, atitudes de cidadãos conscientes, inteligentes, críticos e mais proativos.
Afinal, como usar nossas ideias, nossa criatividade e nossa voz a favor do uso consciente de tanta informação, recursos e tecnologias disponíveis? Sim, nós temos a tecnologia. Nós temos os recursos para construir comunidades, cidades e países melhores. Como diria o arquiteto e escritor Caio Esteves – “Cidades melhores tem alma, cidades melhores são lugares onde as pessoas querem estar, para conviver com outras pessoas. Se a tecnologia não transformar para melhor a vida das pessoas, então, ela não terá servido para nada” …
O texto acima, extraído do artigo de um dos entrevistados foi usado para ilustrar a urgência das sociedades de países democráticos assumirem seu protagonismo na esfera pública e cobrarem dos atores políticos o compromisso de projetos e programas de governo que superem sectarismos ideológicos em prol de alianças convergentes, utilizando toda a tecnologia disponível no diálogo com seus cidadãos, convertendo seus clamores em soluções urbanas.
O momento que a humanidade vive está exigindo daqueles, que de alguma forma militam na política, essa postura de convergência. A determinação de superar velhos paradigmas do “Nós contra Eles”. Dos empresários contra empregados; dos conservadores contra os progressistas; dos liberais contra os socialistas; da direita contra a esquerda; dos ricos contra os pobres. É urgente encontrarmos um espaço de coexistência entre as diversas correntes ideológicas em prol do avanço da sociedade. Para os fundadores, o Movimento Protagonismo Cidadão – Sociedade Sustentável representa esta visão. Um movimento que não tem a pretensão de se intitular detentor da melhor solução para nada, mas que acredita na força do ideal em unir o melhor em cada corrente ideológica. No talento de pessoas comprometidas com estes valores de humanidade, solidariedade, trabalho, e esperança em nossa nação.
Nesse movimento, todos são importantes para torná-lo representativo e capaz de influenciar decisões políticas de grande impacto no contexto local e regional. Para os fundadores, só o protagonismo de nossos cidadãos poderá promover tais ideais. E devolver as pessoas comuns, o direito que deveria ser comum e universal a todos. E ao mesmo tempo, devolver a nossa região, seu protagonismo político econômico nacional, e porque não dizer, internacional. A questão é: Por onde começar? O que fazer? Onde buscaremos a verdade e porque acreditar nela? Quais as razões que nos fazem acreditar que é possível promover o protagonismo do indivíduo sem transformá-lo em individualismo egocêntrico?
Para refletir sobre esse tema, o painel o painel INOVAÇÃO do Protagonismo Regional em Debate promoveu no programa do dia 03 de janeiro o debate: PROTAGONISMO CIDADÃO | O Governo é Você? que entrevistou Sérgio Ricardo de França Coelho e Lucia Helena Cordeiro, fundadores da Plataforma Protagonismo Cidadão; e a condução de Paulo Vieira.
Confira o Programa Completo
SOBRE OS CONVIDADOS
LUCIA HELENA CORDEIRO – Presidente do LAB 4D, Palestrante e Consultora Organizacional;
SÉRGIO RICARDO DE FRANÇA COELHO – Presidente do Instituto IPECS, Consultor e Pesquisador na área de gestão e segurança pública e defesa social.
SOBRE O PROGRAMA
A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine ao mesmo tempo como visão, selo e canal de informação em plataforma digital.
ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO
O programa Protagonismo Regional em Debate, produzido pela equipe de comunicação do Movimento Protagonismo Cidadão, teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020 e conta com a participação de especialistas e lideranças de setores diversos. Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates são pautados na identidade e vocações econômicas da região.
As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, ambos fundadores e membros da Coordenação do Movimento Protagonismo Cidadão.
PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO
O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas: política, empresarial e estatal.
CANAIS DE TRANSMISSÃO
Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multi-plataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram Protagonismo Cidadão e Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a diferentes públicos, mas com foco especial em jovens de 25 a 35 anos, que ainda estão formando consciência crítica quanto aos desafios da vida nas cidades.