POLUIÇÃO DAS PRAIAS | Causas e Soluções para a Sociedade

Aqueles que nasceram antes do início do século XXI certamente têm lembranças de rios, praias e represas de águas limpas, apropriadas para banho e pesca e, o consumo do pescado costumava ser seguro. Não que já não existisse poluição, mas com o aumento populacional, que passou de 2 para 8 bilhões de pessoas em menos de um século e a falta de conscientização da sociedade, atualmente o Planeta Terra encontra-se em uma situação preocupante e o mundo inteiro corre contra o tempo, utilizando de todos os recursos disponíveis para tentar amenizar os danos causados pelos anos de poluição desenfreada do meio ambiente.

 

Entre as mais diversificadas formas de poluição existentes, a que afeta diretamente os oceanos é uma das mais preocupantes, especialmente para os habitantes das cidades litorâneas e aqueles que vivem direta ou indiretamente da pesca, como é o caso de pescadores e comerciantes de pescado. Segundo o relatório da ONU de 2021 sobre poluição plástica nos oceanos, existe uma necessidade de ação global urgente, uma vez que a poluição plástica vem crescendo consideravelmente nos últimos anos e deve dobrar até 2030. O relatório, aponta como uma das possíveis soluções, a redução drástica no uso de plástico desnecessário.

 

Contaminação dos oceanos por microplásticos –  Apesar de ser uma preocupação em todos os ecossistemas, os oceanos são os que mais sofrem com a poluição por plásticos, que representam 85% dos resíduos que chegam no mar. Se nada for feito para modificar esta situação, há uma projeção de que em 2040 o volume desses resíduos nos oceanos atinja a marca de 23 a 47 milhões de toneladas, ou seja, para cada metro de costa marítima haverá 50 kg de plástico. Como resultado, todos os tipos de vida marinha correm o risco de sofrer com envenenamento, distúrbios comportamentais, fome e asfixia. Mas não é só a vida marinha que vem sendo prejudica, o corpo humano também é vulnerável à contaminação por resíduos plásticos, que podem causar distúrbios hormonais e até câncer e, são ingeridos através do consumo de frutos do mar, bebida e até mesmo o sal comum.  

 

 

 

Economia afetada pela poluição – Além de todos os danos ao meio ambiente, à vida marinha e à saúde dos seres humanos, a poluição também representa uma ameaça para o setor econômico global. Os custos da  poluição plástica foram estimados em US $6 – 19 bilhões em 2018 e, a estimativa é que alcance os US $100 bilhões anuais para as empresas se os governos exigirem que elas cubram os custos da gestão de resíduos. Ações de iniciativa privada poderiam ser uma alternativa para minimizar os danos ao meio ambiente e contribuir para a redução deste prejuízo na economia mundial.

 

Iniciativas de política pública, cidadãs e privadas para minimizar os danos. Com a situação ganhando proporções catastróficas, atualmente o mundo inteiro mobiliza-se em paralelo, criando campanhas e ações para reduzir os danos provocados pela poluição. Em 2017, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente lançou a campanha Mares Limpos, com o objetivo de promover um movimento global para reverter a poluição plástica, reduzindo o uso de plásticos desnecessários. Mas esta ação por si só, apesar de mundial, não tem força para combater os prejuízos causados por anos de poluição. São necessárias também ações isoladas, que quando reunidas tem a capacidade de provocar uma mudança considerável na revitalização do ecossistema marítimo. 

 

 

Cidade de Santos mais consciente. Apesar de ser uma cidade referência de turismo e economia no Brasil, Santos ainda se depara com algumas deficiências na conscientização da população sobre o descarte correto de lixo e a despoluição dos oceanos. Durante todo o ano, é possível ver uma grande quantidade de resíduos como bitucas de cigarro, canudos, copos descartáveis e garrafas pet. Uma situação que se agrava durante as férias, onde a cidade recebe turistas que lotam as praias.

 

Preocupado com este cenário,em 2017 o artista plástico e praticante de stand up padlle Daniel Frank Tomaz deu início a uma ação que apelidou de Surf Limpeza, onde os participantes recebem o direito ao empréstimo de uma prancha de stand up após coletarem micro lixo da praias, que são os lixos visíveis a olho nú porém de difícil coleta. Os integrantes do projeto abordam e convidam também ambulantes e frequentadores locais a participarem de aulas de educação ambiental. O projeto, que inicialmente não recebia verba e se mantinha com o aluguel de pranchas, realizada pelo próprio Daniel, atualmente conta com o apoio do Fundo Municipal de preservação e Recuperação do Meio Ambiente, em convênio com a prefeitura, onde com o aporte de recursos do fundo de meio ambiente a cidade dará sustentabilidade ao projeto em médio prazo.

 

 

Pautas como esta levantam alguns questionamentos: Como é possível que uma cidade tão rica como Santos invista pouco ou quase nada na preservação das praias? As empresas privadas estão contribuindo de forma efetiva com os projetos locais? Já é possível sentir os efeitos da poluição na nossa qualidade de vida? Como o cidadão pode contribuir para manter a cidade limpa? Para refletir sobre esse tema, o painel AGENDA TURISMO do Protagonismo Regional em Debate promove no programa do próximo dia 02 de janeiro, a partir das 20h, o debate: POLUIÇÃO DAS PRAIAS| Causas e Soluções para a Sociedade; que terá como convidados: Prof. Fabio Nunes (Fabião)|Professor, Ambientalista e Biólogo; Antonio Elian Lawand Jr.| Advogado e Professor Universitário; Daniel Tomaz | Artista Plástico

 

Assista ao programa na integra: 

 

SOBRE OS CONVIDADOS

FABIO NUNES (FABIÃO) – Professor, ambientalista e biólogo, cumprindo três mandatos como vereador, secretário de Meio Ambiente, de Cultura, candidato a deputado e a prefeito, Mestre em Aquicultura e Pesca, Diretor de Educação Ambiental do Instituto EcoFaxina

ANTONIO ELIAN LAWAND JR. | Advogado Doutor, Mestre e Bacharel em  Direito pela U. Católica de Santos. Pós-graduado pela U. de Tampere  (Finlândia). Professor universitário e advogado no E. São Paulo. 

DANIEL TOMAZ | Artista Plastico

 

SOBRE O PROGRAMA

A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine como uma visão, selo e canal de informação. Uma Plataforma de Conteúdo, um Clube de Negócios e um Canal de Comunicação.

 

ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO

O programa Protagonismo Regional em Debate, apresentado pelos consultores e fundadores da plataforma Sergio França Coelho e Lucia Helena Cordeiro é produzido pela equipe de comunicação da Plataforma Protagonismo Cidadão, e teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020. Conta com a participação de especialistas e lideranças de setores diversos. Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates são pautados na identidade e vocações econômicas da região. As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro.

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas política, empresarial e estatal.

CANAIS DE TRANSMISSÃO

Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multiplataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram do Protagonismo Cidadão e do jornal Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a diferentes públicos, mas com foco especial no público de 35 a 55 anos, disposto ao debate crítico quanto aos desafios da vida nas cidades.