O RETORNO DO CAIXEIRO-VIAJANTE| Blog do Lima Junior

O caixeiro 1.0

 

E m 1200 a.C. existia uma civilização que vivia em solo montanhoso, não muito favorável ao desenvolvimento agrícola e pastoril. Com muitos obstáculos para sobrevivência e somente a pesca como fonte de recursos, viu nesses obstáculos a maior oportunidade de suas vidas. Antes mesmo de existir na história das grandes economias mundiais, o primeiro caixeiro-viajante não usava charretes, nem automóveis, mas realizava seu comércio por meio da galé, um veículo movido a velas e remos. Esta é a civilização fenícia, cujo epicentro se localizava no norte da antiga Canaã, ao longo das regiões litorâneas dos atuais Líbano, Síria e norte de Israel.

 

A civilização fenícia foi uma das pioneiras na cultura comercial marítima empreendedora que se espalhou por todo o mar mediterrâneo. Podemos assim dizer que o caixeiro-viajante existe desde então, passando por muitos processos evolutivos, sendo o dínamo da prosperidade, transformação econômica e um agente da paz, pois, enquanto muitos saqueavam para sobreviver, a cultura do caixeiro promovia a liberdade, justiça e prosperidade.

 

O caixeiro 2.0

O desenvolvimento do caixeiro-viajante faz parte da história americana, pois o esforço para criar técnicas de vendas distinguiu o crescimento do capitalismo mais na América do que em toda a Europa, Ásia ou América do Sul. Naquela época, para ter sucesso, bastava que seu país tivesse uma moeda estável, Estado de Direito, proteção da propriedade privada e a disponibilidade de crédito, aspectos do sistema econômico americano (por isso destaquei, acima, liberdade, justiça e prosperidade). Duas características importantes desse momento econômico: 1- A produção era menor que a demanda; e 2- Havia pouca ou nenhuma concorrência. É interessante observar que essas duas características perduraram até o início do século XX, nos países desenvolvidos como Estados Unidos e os da Europa. No Brasil, podemos considerar que tínhamos essa situação de mercado até os anos 50, para a maior parte dos produtos manufaturados.

No próximo artigo falaremos dos Caxeiros 3.0 –  4.0 e do Caxeiro Digital