“Não temos o controle sobre tudo o que vivemos, é claro! Porem, temos a escolha de ação e reação diante desse tudo, ou não se justificaria o nosso livre arbítrio”
Na vida, frequentemente ocorrem fatos diversos que originam em cada mente mil pensamentos dispersos
Que, por vezes, são culpados pelos próprios fatalismos
Em seres já derrotados por covardes conformismos
De quem crê num tal arrimo
Que previamente traçado não permite ao peregrino
vencer o destino herdado
Tola ideia de quem busca desculpar seus fracassos
crendo em crenças que ofusca
A visão dos próprios passos
Passado, presente, futuro
Do nascimento à morte
o racionalismo puro
Determina a própria sorte!
“Se formos nós mesmos os autores, mesmo que por vidas passadas, podemos usar dessa mesma autoria para interferirmos diretamente em situações atuais herdadas de tempos anteriores”
O destino é a nossa decisão ou nossa covardia?
Os acontecimentos da vida já vêm destinados ou podemos nos posicionar diante deles e escolhemos os resultados?
Se destino for sinônimo de carma, de algo pré-estabelecido a alguém, mesmo assim ele não representa a vitória ou a derrota perante essa experiência. Ainda que se aceite a existência do destino, sobra a escolha de aceitar passivamente uma situação que se considera predestinada ou de agir para desativá-la e encaminhar sua vida, seu presente, seu futuro, seguindo suas decisões e competências atuais.
Você encara suas questões (ou seus carmas) ou escolhe sua posição diante delas: assume o comando ou se recolhe! Ora, Cristina, se fosse tão fácil assim, ninguém se deixaria derrotar pelos problemas… há coisas que fogem ao nosso domínio!
Sim, não temos o controle sobre tudo o que vivemos, é claro! Porem, temos a escolha de ação e reação diante desse tudo, ou não se justificaria o nosso livre arbítrio… tudo seria culpa do destino, como dizem os mais fracos.
De acordo com duas conhecidas teorias, ou o responsável por nossos destinos seria Deus ou seríamos nós mesmos como consequência de nossos atos em vidas passadas. Ora, Deus sendo benevolente por excelência, não nos destinaria coisas ruins na vida sem nos dar oportunidades de revertê-las em coisas boas. Isso significaria que Deus nos teria dado a capacidade da transformação de coisas pré-estabelecidas.
Por outro lado, se formos nós mesmos os autores, mesmo que por vidas passadas, podemos usar dessa mesma autoria para interferirmos diretamente em situações atuais herdadas de tempos anteriores, o que significa o poder de escolha para uma vida desejada.
Assim, o tal destino não deve ser pretexto para derrotas, fracassos, covardias, vitimização ou conformismos destrutivos, para deixarmos de traçar a própria sorte!
Extraído do livro Origerança | Poemas para contar uma história (instituto INCO -2019/ Cristina Oliveira)