20 de setembro de 2021
O Monte Serrat ou Morro de São Jerônimo é o morro mais alto de Santos, e famoso também pelo seu bondinho dotado de um sistema funicular de transporte. Isto é, enquanto um sobe o outro desce. Situado a 157 m de altitude, possibilita uma visão de 360º de toda a cidade. É um marco no coração de Santos, além de possuir em seu topo um Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat (padroeira de Santos, festejada no dia 8 de setembro).
São quatro minutos subindo de bondinho os 147 metros da encosta do Morro rumo ao topo, onde estão o antigo cassino e o Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira de Santos, construído há mais de 400 anos. Para completar, uma escadaria com 402 degraus e 14 nichos reproduzindo cenas da Via Sacra, inaugurados entre 1939 e 1941, e uma vista de 360 graus da cidade. É possível ver também parte dos municípios de São Vicente, Cubatão e Guarujá.
TURISMO DO PRESENTA RESGATANDO A HISTÓRIA – O Monte Serrat é parte importante da história santista, pois servia de abrigo à população quando a então vila era invadida por piratas. A capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, oficializada em 1599, foi construída por ordem do governador dom Francisco de Souza, espanhol devoto da santa, padroeira de Barcelona. A história registra que, em 1614, quando o corsário holandês Joris von Spilbergen invadiu a vila, parte da população fugiu para o morro. Ao tentar persegui-la, os corsários foram soterrados por terra e pedras que caíram da montanha. O povo atribuiu o fato a um milagre de Nossa Senhora do Monte Serrat, o que acabou por torná-la padroeira da cidade. Sob responsabilidade dos monges beneditinos desde 1652, a capela passou por descaracterizações ao longo dos séculos. As obras entregues em 2011, 165 anos depois da última reforma, conservaram a configuração existente no século 18.
O cassino local erguido no século XIX está desativado, guardando suas memórias em fotos da época, e da preservação dos seus salões para eventos nos dias atuais. Além do bondinho, o acesso ao Monte pode ser feito também através de uma escadaria com 402 degraus, que possui 14 nichos com representação da Via Sacra. A igreja, construída no alto do monte, remonta a 1603 e foi erguida a pedido de dom Francisco de Sousa, governador-geral do Brasil de 1599 a 1605. O monte tem um sistema funicular (chamado de bondinho do Monte Serrat) que faz ligação entre o local e o Centro da cidade.
ORIGEM DO FUNICULAR – Subir pela encosta de bondinho até o topo do monte é uma atração à parte, única no país. Projeto alemão, o sistema funciona com dois bondes em movimento sincronizado e um desvio no centro. Cada veículo tem capacidade para 45 passageiros, que percorrem em quatro minutos a linha, com 242 metros de extensão. O trabalho de sustentação é feito por um cabo de aço de uma e meia polegada de diâmetro, com resistência para 90 toneladas.
Idealizado por imigrantes espanhóis, o sistema de bonde começou a ser construído em 1910, mas a Primeira Guerra Mundial comprometeu as importações e o projeto só foi concluído em junho 1927. Nessa época, os bondinhos eram fechados por cortinas para preservar a identidade da boemia santista, que terminava a noite no Monte Serrat, assistindo a shows com artistas de renome, como Carmen Miranda, Francisco Alves e Sílvio Caldas. Com materiais nobres, como mármore de Carrara, vitrais belgas, cortinas e tapetes franceses, prataria e cristais da Europa, a casa noturna era conhecida até no exterior e servia como ponto de referência para os turistas. Três meses depois de inaugurados bondinhos e o salão de festas, o prédio do complexo do Monte Serrat passou a abrigar, em setembro de 1927, um cassino – ele funcionou até 1946, quando o governo federal proibiu o jogo no país. Reformado em 1998, o antigo cassino é espaço para eventos sociais e culturais, dispõe de cafeteria e conta com mirante e dois curiosos espelhos.
ESTRATÉGIA DE EXPLORAÇÃO METROPOLITANA – O turismo regional tem discutindo há anos suas vocações e os potenciais a serem explorados na região, dentre eles, o turismo histórico cultural, porém, sem avanços para uma efetiva integração das administrações públicas locais.
Atualmente, a discussão na AGEM em torno do Plano de Mobilidade e Logística Regional, com o objetivo de realizar um mapeamento dos pontos críticos e demandas estratégicas poderá ser decisivo para a integração do turismo das nove cidades, aliado a adoção do selo metropolitano, e uma exploração mais inteligente dos equipamentos turísticos em âmbito regional.
Para refletir sobre esse tema, o Protagonismo Regional em Debate, em seu painel AGENDA TURISMO, promoveu no programa de 20 de setembro, o debate: MONTE SERRAT DE SANTOS. O Turismo do presente resgatando as memórias do passado. Que teve como convidados:
Nicole Tinelli Vallejo – Diretora de eventos do Cassino Monte Serrat, Leonardo Carvalho – Diretor do Departamento de Marketing e Serviços da Secretaria de Turismo; José Luís Blanco Lorenzo – Vice–Presidente do Conselho de Turismo de Santos (COMTUR) e apresentação de Sérgio França Coelho
SOBRE OS CONVIDADOS
NICOLE TINELLI VALLEJO – Administradora de empresas e Bacharel em Hotelaria, é a atual Diretora de eventos do Cassino Monte Serrat Santos,
LEONARDO CARVALHO – Formado em administração de empresas, foi – Presidente do Santos Convention and Visitors Bureau na gestão 2018-2020, e atualmente é Diretor do Departamento de Marketing e Serviços Turísticos da Secretaria de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo de Santos
JOSÉ LUÍS BLANCO LORENZO – Vice Presidente do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), Professor e Administrador de Empresas, Diretor da Central de Fretes e Receptivo
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