24 de julho de 2023
O litoral de São Paulo, especialmente a baixada santista, é rico em pontos históricos, culturais e áreas verdes preservadas. Ainda assim, a maioria dos turistas associa a região somente ao sol e a praia, muitas vezes, sem saber da riqueza cultural cercada pela natureza da região, e das variadas opções que o próprio mar dispõe. A combinação de turismo náutico e histórico é uma peculiaridade da baixada santista, com grande potencial de roteiros para serem explorados.
TURISMO NAUTICO – Em 2021 na abertura do evento Maio Náutico Bertioga, o prefeito Caio Matheus elencou a riqueza hidrográfica, mares abrigados, proximidade à capital, áreas livres para construção de novas marinas, estaleiros e áreas públicas que podem ser utilizadas por meio de parceiras público privadas, entre outros itens. “Bertioga tem vocação natural para o turismo náutico, reunindo condições favoráveis para navegação marítima e fluvial. Poucos países do mundo têm o potencial do litoral norte para eventos dessa natureza”, afirmou Vinícius Lummertz, secretário de turismo do Estado de São Paulo na abertura do evento.
Ney Carlos da Rocha – Secretário de Turismo, Esporte e Cultura de Bertioga, revelou grande entusiasmo com o turismo náutico, mas salientou que os investimentos em linhas hidroviárias não importantes apenas ao turismo mas ao desenvolvimento como um todo. Segundo ele, a prática do turismo náutico puxa para cima o nível do receptivo, da hotelaria, dos serviços e da gastronomia. “Quanto mais incorporamos ao nosso município o turismo náutico, o nível da cadeia, do trade, se eleva”, afirma.
Nesse caso, o turismo náutico é considerado o melhor meio para se desenvolver uma estratégia integrada do turismo na região. José Luís Blanco Lorenzo membro do Comitê de Turismo em Santos concorda, afirmando que explorar essa área seria a melhor maneira da união turística entre as cidades.
DE SÃO VICENTE A OURO PRETO – JAPUI. HISTÓRIA, TRADIÇÃO E BELEZA. – Desde os tempos do descobrimento, quando em 1532 foi fundada a vila e a capitania de São Vicente, a Baixada Santista tem desempenhado papel relevante para o desenvolvimento do Estado de São Paulo. E um lugar em especial, conhecido como Japuí, o mais antigo e mais belo bairro de São Vicente, guarda também uma forte relação com a história do Brasil.
Afinal, o bairro, por sua localização após a Ponte Pênsil, demonstra seu pioneirismo através das ruínas do Porto das Naus, considerado o mais antigo sítio histórico da região, que alguns historiadores afirmam datarem dos primórdios da fundação do município vicentino, embora muitas sejam as controvérsias sobre o assunto.
Até hoje o Porto das Naus é conhecido como antigo ancoradouro das naus do tempo de Martim Afonso. Infelizmente, as ruínas estão sumindo, embora a área tenha sido tombada pelo Condephaat. Bem perto dali, no acesso à Ponte Pênsil está localizada a casa das bananadas, que neste ano completa 100 anos de fundação. No local, é possível provar deliciosas doces e conhecer mais um pouco da história, ao avistar a Ponte e o Porto das Naus no outro lado da Baia.
ESTRATÉGIA METROPOLITANA – Há tempos a área pública vem discutindo o potencial da combinação do turismo náutico com o histórico-cultural, sem avanços significativos. Representantes do turismo e gestores regionais têm discutido a implantação de um roteiro náutico metropolitano. Guarujá, por exemplo, no passado foi a cidade que teve a ideia de unir as secretarias de turismo das cidades para somar forças e criar este roteiro náutico integrado. A cidade tem muitas marinas e um grande potencial inexplorado.
Em 2017 os secretários de Turismo da Baixada Santista uniram forças para incentivar atividades náuticas e ainda garantir recursos financeiros aos municípios de Santos, Guarujá, São Vicente, Mongaguá e Itanhaém. A ideia era criar um roteiro metropolitano que reunisse atrativos para os apaixonados pelo mar, e o fomento da economia local. Ações para garantir segurança e infraestrutura aos visitantes e às suas embarcações foram discutidas, com o objetivo de realizar um mapeamento dos pontos críticos de segurança, em áreas de rio e de mar da Baixada. Nada disso parece ter prosperado. Mas se o potencial existe, e se algumas iniciativas já foram tomadas, o que falta para a região avançar nesse sentido? Será que falta segurança, infraestrutura, investimento, criatividade, parcerias?
Como a sociedade tem participado na construção de estratégias que permitam a melhor exploração de tais potenciais?
No painel CIRCUITO DOS FORTES serão analisados o cenário de exploração do turismo náutico na costa brasileira. Potenciais, gargalos e alternativas para o seu desenvolvimento em paralelo a preservação e exploração das fortalezas que ocupam as mesmas regiões. O painel ocorrerá no segundo dia do Fórum, na parte da manhã, entre 9h30 e 12h na sala de reuniões do segundo andar da ACS.
Além de especialistas, pesquisadores, empresários e investidores interessados no potencial deste negócio, o painel contará com a participação de gestores públicos de cidades litorâneas das regiões Sul, Sudeste e Nordeste de. Quais casos de sucesso de outras regiões poderiam ser trazidos para essa discussão? Para refletir sobre esse tema, o painel AGENDA TURISMO do Protagonismo Regional em Debate promove no programa do próximo dia 24 de julho, a partir das 20h, o penúltimo programa da série: LITORAL DE SP| Desafios e Oportunidades do Turismo Náutico. Que terá como convidados: Márcio Cruz | Consultor de inovação do Sebrae; Bianca Colepicolo | Coordenadora da Câmara Temática de Turismo do Fórum Náutico Paulista e Elizabeth Correia | Arquiteta e Urbanista, com comentários de Elizabeth Correia | Arquiteta e Urbanista.
ASSISTA O PROGRAMA COMPLETO
SOBRE OS CONVIDADOS
MÁRCIO CRUZ | Consultor de inovação do Sebrae;
BIANCA COLEPICOLO | Coordenadora da Câmara Temática de Turismo do Fórum Náutico Paulista e
ELIZABETH CORREIA | Arquiteta, Foi Secretária de Planejamento de São Vicente; Coordenadora do Departamento de Apoio e Desenvolvimento às Estância (DADE) da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, hoje DADETUR; Coordenadora de Ensino Superior do Estado de São Paulo; Subsecretária de Ciência, Tecnologia e Inovação na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo; atualmente está na Secretaria de Habitação de São Vicente. Participando de grupos de trabalhos na área de Turismo, Geração de Empregos entre outros.
SOBRE O PROGRAMA
A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine como uma visão, selo e canal de informação. Uma Plataforma de Conteúdo, um Clube de Negócios e um Canal de Comunicação.
ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO
O programa Protagonismo Regional em Debate é uma produção da equipe de comunicação da Plataforma Protagonismo Cidadão em parceria com os estúdios Telavip Digital e teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020.
Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates com especialistas e lideranças de setores diversos são pautadas na identidade e vocações econômicas da região. As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, consultores organizacionais e fundadores do Protagonismo Cidadão.
PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO
O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas política, empresarial e estatal.
CANAIS DE TRANSMISSÃO
Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multiplataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram do Protagonismo Cidadão e do jornal Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a diferentes públicos, mas com foco especial no público de 35 a 55 anos, disposto ao debate crítico quanto aos desafios da vida nas cidades.