Um dos conceitos mais importantes do século XXI, a inteligência artificial (IA) não é um tema novo, ao contrário, surgiu a partir da ideia de um grupo de cientistas do Dartmouth College, localizado em New Hampshire, em 1956. O objetivo principal desta formalização era o desenvolvimento de máquinas inteligentes.
Longos anos se passaram até que esta ideia fosse popularizada e evoluísse de modo a ser percebida por cidadãos comuns vivendo em sociedade. Trata-se de uma criação algorítmica capaz de organizar dados de maneira complexa e inteligente, distinguindo-se da automação em decorrência da capacidade de produzir decisões e de aprendizagem, cujo conceito ainda não está tão disseminado entre as pessoas que não buscam este conhecimento, mas a presença já é sentida por todos nós
SISTEMA ALGORÍTMICO DE APRENDIZAGEM – A atual ciência da computação no campo da IA possui um sistema capaz de solucionar possíveis problemas e de auxiliar na tomada de decisões por meio de previsões e de probabilidades. A aprendizagem das máquinas (machine learning) se destaca a partir destas habilidades e é reconhecida por trabalhar com algoritmos inteligentes, ou learners, que criam outros algoritmos fazendo correlações de dados.
Este sistema utiliza métodos estatísticos no processamento de dados por algoritmos, sendo o nexo de causalidade e as correlações definidos por controladores de dados, com base em comportamentos anteriores o sistema é capaz de analisar e identificar comportamentos futuros, sendo esta, apenas uma das facetas da IA.
Estes softwares são capazes de operarem com autonomia e eficiência, uma vez desenvolvidos podem simular as redes neurais de um cérebro humano e tomarem decisões sozinhos, sem que haja necessidade de intervenção humana, um dos métodos mais conhecidos de sua aplicabilidade.
Google, Amazon, Netflix, Apple, Airbnb, Uber, Twitter, Pinterest, entre outras, são exemplos de empresas que adotaram práticas de IA com destaque para o machine learning,
obtendo resultados como previsão do comportamento do público-alvo, melhorias na comunicação das marcas e redução de custos operacionais.
Com base nas informações geradas a partir do investimento que fizeram em IA criaram estratégias extremamente eficazes, como: recomendações personalizadas de produtos e serviços, otimização do atendimento aos clientes via chatbots, reconhecimento de voz, reconhecimento de padrões de cores e formas nas imagens, precificação dinâmica, segmentação de público, campanhas digitais,
curadoria de conteúdos, buscas personalizadas a partir do entendimento das intenções de buscas dos usuários e reconhecimento facial.
DISCRIMINAÇÃO ALGORÍTMICA – Diante desse contexto, a possibilidade de que a IA esteja reproduzindo os preconceitos existentes na sociedade a partir da utilização de algoritmos cada vez mais sofisticados e, classificando diferentes pessoas por meio de análises preditivas a partir de bases de dados cada vez mais complexas, no atual contexto do big data, decorre do fato de que as características individuais de uma pessoa são desconsideradas e as operações realizadas pelos algoritmos analisa os conjuntos de pessoas a partir de características generalizadas de cada grupo,
utilizando os denominados vieses da inteligência artificial e explicando a preocupação com a discriminação algorítmica.
Estas generalizações ocorrem a partir da observação de que a maioria daqueles indivíduos compartilha semelhanças, entretanto, estas generalizações podem ser inconsistentes, vez que não representam premissas verdadeiras em sua totalidade.
Existem especialistas de diferentes países conduzindo pesquisas que visam a comprovação de que os dados utilizados para identificarem padrões apresentam distorções capazes, por exemplo, de favorecerem rostos masculinos em detrimento dos rostos femininos e, mais que isso, também podem preferir os rostos brancos. Este foi o resultado produzido por um destes estudos, realizado pela cientista da computação Joy Buolamwini, que trabalha no MIT Media Lab e analisou diferentes softwares, como: IBM, Microsoft, Facebook e Google.
Para refletir sobre esse tema, o painel INOVAÇÃO, promove no programa de 09 de agosto, a partir das 20h, o debate: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL | Qual é o cenário do mundo atual? Que terá como convidados:
Rodrigo Silva | Co-fundador da Turing Security Segurança Cibernética
José Thomaz Neto | CEO da EGREGÓRA Ecosystem Builder
Patrícia Rezende Pennisi | Professora e fundadora da Plataforma Jeito em Gestão
ASSISTA AO PROGRAMA COMPLETO
Apoio
EGRÉGORA S/A | HOLDING DE INVESTIMENTOS
GMV RECYCLE | GESTÃO DE RESÍDUOS
CIESP | SANTOS
Protagonismo Cidadão, o GOVERNO é VOCÊ!
SOBRE OS CONVIDADOS
JOSÉ THOMAZ NETO | Empresário Fundador CEO, da Egregora Ecosystem Builder, diretor adjunto do Ciesp, foi co-fundador e EX-CEO do Agile Bank, além de Fundador do Santos Inovation Hub
RODRIGO SILVA | Doutor em Ciência da Computação (PUC-SP). Visiting Doctoral Fellowship (TALTECH) – Technology Governance in Public Administration. Mestre em Direito Internacional (UNISANTOS). Bacharel em Ciência da Computação (UNIMES) e Direito (UNIP)
PATRÍCIA REZENDE PENNISI | Mestranda em Recursos Humanos e Gestão do Conhecimento, Professora Universitária, Diretora da Jeito em Gestão – conteúdo online, colunista e colaboradora do Blog Protagonismo Cidadão.