22 de janeiro de 2024
*Por Renato Marcio dos Santos | Professor Mestre da FGV-STRONG e Consultor em Logística
A ideia de inovação no sistema portuário não prospera isoladamente, ela depende de um amplo conjunto de fatores, instituições e políticas. É preciso compreender as circunstâncias que conduzirão as mudanças ao longo de um processo de transformação.
Inovar nos leva a entender que será criado um novo cenário, dentro de um já existente, considerando alterações necessárias para melhorar o cenário já conhecido. A criatividade, a disponibilidade de recursos e a capacidade e habilidade das pessoas envolvidas podem representar o sucesso de uma inovação.
Por que as empresas buscam inovação? A resposta envolve compreender a necessidade de cada uma. Muitas empresas inovam por falta de mão de obra especializada, ou por uma carência de pessoas que estejam dispostas a encarar certos trabalhos em ambientes altamente desgastantes ou inseguros.
Tomamos como base o porto de Roterdã, este porto é considerado o porto mais moderno do mundo, diversas etapas de inovação são aplicadas em suas operações todos os anos, e um dos fatores que força a inovação é a competitividade que Roterdã precisa manter, pois está cercado de portos por toda a Europa, como Antuérpia/BEL, Hamburgo/ALE, Valência/ESP, Barcelona/ESP e Genova/ITA.
Para os portos, manter-se competitivo exige alto grau de inovação e investimento, no Brasil isso também acontece, o porto de Santos para manter-se competitivo precisa fazer inovações em sua infraestrutura adquirindo equipamentos e tecnologias mais eficazes, atualmente o túnel que está sendo projetado entre as margens Santos-Guarujá é um exemplo de alto investimento para transformar a infraestrutura reduzindo o tempo de viajem entre as margens por vias terrestres.
Sendo assim, a inovação entra em ação quando se precisa resolver problemas, melhorar a competitividade ou aumentar a produtividade. Inovar muitas vezes nos leva a entender que novas tecnologias serão empregadas no processo de inovação, mas é importante destacar que a inovação é um elemento independente da tecnologia, embora em muitos casos estão intimamente ligados, uma simples reconfiguração de um layout (desenho de um espaço físico) por si só já representa uma inovação se trouxer algum benefício operacional.
No mundo portuário, as questões ligadas a indústria 4.0 tem provocado inúmeras transformações, o uso da internet das coisas combinado com a robótica e sistema de informação, gerou novas perspectivas para o setor. O acesso remoto de equipamentos pesados como guindastes e pontes rolantes que são operadas à distância, só foi possível graças a inovação que combinou a tecnologia com a gestão de processos operacionais. A biometria na identificação de acessos, o uso de blockchain em contratos, escâneres, leitores OCRs e tantas outras transformações nos faz perguntar: Será que eu realmente conheço os portos? Estou preparado para tantas mudanças? Isso me afeta? Essas são algumas das perguntas que iremos responder logo mais!
Neste sentido, até que ponto a indústria 4.0 está beneficiando no plano macro de desenvolvimento logístico portuário do Porto de Santos? Como essa indústria pode impactar ações que viabilizem ambientalmente a implantação de novos projetos, aumentando significativamente o potencial de desenvolvimento na região; Existem estudos para identificar sua aplicação no potencial hidroviário da região que proponham ações para estimular o seu desenvolvimento e operacionalização?
Para refletir sobre esse tema, o painel PORTO CIDADE INDÚSTRIA do Protagonismo Regional em Debate promove no programa do próximo dia 22 de janeiro, a partir das 20h, o debate: INOVA PORTOS | Perspectivas da Industria 4.0, que terá como convidados: Alexandre Euzébio |Diretor da Centro de Excelência Portuária;
Comentários de Renato Marcio Dos Santos| Professor Universitário e Consultor em Logística, e Ana Angélica Alabarce | Arquiteta e Uranista, Analista Ambiental, A apresentação de Sérgio França Coelho e Lucia Helena Cordeiro.
ASSISTA O PROGRAMA COMPLETO
SOBRE OS CONVIDADOS
ALEXANDRE EUZÉBIO | Engenheiro Mecatrônico; Mestre em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (UFSC). MBA em Gestão de Negócios, Comércio e Operações Internacionais (FIA); Master Management (IAE-France); Project Management Professional (PMI). Professor convidado da FIA/USP no MBA em Gestão de Negócios, Comércio e Operações Internacionais; Professor Strong/FGV; Associado do FORTEC (Fórum Nacional de Gestores em Inovação); Diretor de Ensino, Pesquisa e extensão da Fundação Centro de Excelência Portuária de Santos – CENEP
ANA ANGÉLICA ALABARCE PINTO – Arquiteta e Urbanista, Analista Ambiental Federal e Agente em Emergência Ambiental, com 40 anos de Serviço Público Federal, recentemente aposentando do IBAMA.
RENATO MARCIO DOS SANTOS| Professor Mestre da STRONG – FGV, Consultor Empresarial em Logística, e Negócios Portuários;
SOBRE O PROGRAMA
A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine como uma visão, selo e canal de informação. Uma Plataforma de Conteúdo, um Clube de Negócios e um Canal de Comunicação.
ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO
O programa Protagonismo Regional em Debate é uma produção da equipe de comunicação da Plataforma Protagonismo Cidadão em parceria com os estúdios Telavip Digital e teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020.
Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates com especialistas e lideranças de setores diversos são pautadas na identidade e vocações econômicas da região.
As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, consultores organizacionais e fundadores do Protagonismo Cidadão.
PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO
O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas política, empresarial e estatal.
CANAIS DE TRANSMISSÃO
Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multiplataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram do Protagonismo Cidadão e do jornal Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a diferentes públicos, mas com foco especial no público de 35 a 55 anos, disposto ao debate crítico quanto aos desafios da vida nas cidades.
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