FUTURISMO – Um termo aplicado à curtíssimo prazo na região?

Se a gente entender que daqui a 10 minutos já é futuro, a gente entende a importância do presente no futuro. O futuro é construído agora, no presente.

Santiago Carbalo

NOVO PARADIGMA SOCIAL

Para o Designer de Futuros Santiago Carbalo, a desaceleração decorrente da pandemia, no ano atípico de 2020 chegou para colocar um freio na sociedade que “ainda trafegava numa sociedade de consumo e competição baseada no capital” e que deverá voltar seu olhar para “uma sociedade do cuidar, da abundância e da espiritualidade”. Carbalo argumentou que as pessoas estão tendo que se entender de novo, e a partir desse novo entendimento de si, elas terão que entender seu papel como ator na sociedade e na humanidade.

Carbalo chamou a atenção para as mudanças que estão por vir ainda este ano – “2020 ainda não acabou e uma coisa que está acontecendo e muita gente ainda não percebeu é a mudança no reset econômico mundial, a economia global vai mudar de regra, o jeito de fazer conta o jeito de trabalhar e isso impacta todo mundo e ninguém sairá ileso disso”.

É preciso dar um salto neste sentido, buscando explorar as vocações regionais ao mesmo tempo que nos propomos a solucionar desafios que o século 21 nos impõe” – Rafael Ambrosio

Rafael Ambrosio

PENSAMENTO REGIONAL AINDA É DESAFIO

O arquiteto e Urbanista Rafael Ambrósio afirmou que é possível imaginar alguns cenários possíveis em ambito regional. Ambrósio entende que não é possível pensar solução urbanas sem um olhar para a região. “Todas as cidades da região mantem relações sociais, econômicas e culturais e nos coloca o desafio de pensar a região como um todo (uma grande área urbana).

O Planeta está ficando cada vez mais urbano e Santos, ao mesmo tempo que tem muitas vocações, tem aproveitado muito pouco estas vocações. “O Porto é muito mal explorado em todo o seu potencial de benefícios para as cidades de Santos e do Guarujá, o Porto está de costas para as cidades” afirmou.

Nesta perspectiva, Ambrósio aponta que a nossa região ingressou no século 21 com problemas sociais do século 19. – “É preciso dar um salto neste sentido, buscando explorar as vocações regionais ao mesmo tempo que nos propomos a solucionar desafios que o século 21 nos impõe”

Assista ao programa completo

live Protagonismo Regional em Debate, promovido e organizado pelo Movimento Protagonismo Cidadão é transmitido pelo Youtube, Facebook e Instagram todas as segundas feiras, a partir das 19h30h.

Convidados deste programa 06 de julho de 2020;

Santiago Carballo Santiago G Carballo – Designer de Futuros e Self Hacker; co-fundador do Lab4D e da Egrégora S.A. EcoSystem Builder

Rafael Ambrósio. Arquiteto Urbanista e professor universitário, Mestre em Habitat (USP) e doutorando em Direito Ambiental Internacional (UNISANTOS).

Sergio França Coelho – Diretor do Instituto IPECS de Gestão Pública e Defesa Social, fundador e coordenador Geral do Movimento Protagonismo Cidadão

Apresentação

Lucia Helena Cordeiro – Palestrante Comportamental – Consultora Organizacional, Mestre em Administração, Educação e Comunicação; Coach Educadora em Programas de Pós-Graduação/MBA, colunista e apresentadora do Movimento Protagonismo Cidadão

CONTEXTUALIZAÇÃO

O Futurismo no Século 21, ou pós futuro, deverá ser um momento “mágico de co-criação” de um mundo verdadeiramente novo. E co-criação exige comportamento protagonista das pessoas que estão no “locus”, locais onde moram, vivem, trabalham, tem familiares e amigos, estudam, etc.

Não estamos falando do “futurismo”, como similar ao movimento criado em 1909 na Europa, em ambiente de tensão política entre as grandes potências que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, pois era baseado no radicalismo extremo ao propor a “destruição do passado” e estímulo à violência.

Muito ao contrário, o Futurismo do qual trataremos hoje é coerente e congruente com todas as ações que buscam a Paz, a Sustentabilidade, a harmoniosa convivência entre todos os seres e, com o estímulo ao ato de poder “sonhar” e transformar tal sonho em realidade benéfica para o maior número de pessoas no “Locus” ou “Locorum”, do latim ou “Tottikós”, “Tópikos”, do grego. Ou seja, ações locais que possam ser adotados como modelos globais.

Resumindo, este “Futurismo desta Nova Era, Séc. 21,” que já se faz presente, é voltado à construção coletiva, grandiosa, pacífica onde o “saber ouvir” permeia todo o Protagonismo, possibilitando ao Cidadão, filho deste “Locus Santista”, cidade de vanguarda e já protagonista de várias ações desde a chegada dos europeus ao Brasil, se posicionar e fazer acontecer.

Não há acaso nem coincidência, que iniciamos a História do Brasil… Por que não sermos precursores desta Nova Era, mais uma vez…?