DESASTRES NATURAIS | O que estamos fazendo para nos proteger?

28 de fevereiro de 2022

 

Além do rastro de destruição por diversos pontos da cidade, o temporal que atingiu a cidade Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, destroçou famílias e tirou dezenas de vidas precocemente. Até as 19h do dia 16, o total de mortes confirmadas já chegava a 104, mas seguia subindo a todo momento, por conta do grande números de soterrados. De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há 90 anos não chovia tanto no município em um período de 24 horas.

“O tema dos desastres naturais não é novo, porém, cada vez mais vem ganhando destaque na mídia e no cotidiano da população, à proporção que sua frequência vem aumentando ao longo dos anos”

Para atender as pessoas que vivem em áreas de risco e tiveram que deixar suas casas, foram abertos pontos de apoio. Até as 20h do dia 16, 372 pessoas estavam desabrigadas ou desalojadas e mais de 180 moradores de área de risco estavam sendo atendidos em escolas – a Defesa Civil informou, que 25 escolas estavam funcionando como ponto de apoio.

Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense

Nesses locais, a população recebia o suporte de assistentes sociais, profissionais de saúde, educação, agentes comunitários, além da própria Defesa Civil. Centenas de bombeiros e policiais participaram das operações no local. Para o socorro das vítimas, os bombeiros também abriram um hospital de campanha com dez leitos. Tais números nos dão a dimensão da mobilização e logística que ocorrências como estas demandam das agências e serviços públicos essências em eventos como este.

 

INFRAESTETRUTURA E ATENDIMENTO – O tema dos desastres naturais não é novo, porém, cada vez mais vem ganhando destaque na mídia e no cotidiano da população, à proporção que sua frequência vem aumentando ao longo dos anos e trazendo inúmeras consequências para a vida e saúde das populações (perdas e danos materiais, ambientais ou humanos e a interrupção nos sistemas e serviços).

 

O aumento na frequência de ocorrências desses eventos pode ser explicado, em parte, pelo crescimento das cidades e intenso processo de urbanização, responsáveis pela ocupação desordenada do solo, degradação ambiental e mudanças climáticas, e, em parte, pelas condições sociais, econômicas, políticas, geográficas e ambientais particulares de cada território

TERRITÓRIOS VULNERÁVEIS – Todos os anos, várias regiões do planeta são atingidas por desastres naturais que afetam, sobretudo, grupos populacionais e territórios mais vulneráveis. No Brasil, essa realidade não tem sido diferente. Diversas cidades sofrem ano a ano com ameaças naturais, principalmente por inundações bruscas e cenários de seca, que, associadas às vulnerabilidades locais, desencadeiam o desastre. Diante desse fato, é necessário agir com medidas estruturais, como viabilizar obras de infraestrutura, desenvolver tecnologias de alerta, e não estruturais, como capacitar profissionais de diferentes áreas para preparação e resposta aos desastres

 

BAIXADA SANTISTA – No início de março de 2020, um grande temporal causou mortes, deslizamentos e alagamentos na Baixada Santista. Segundo a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros foram contabilizados 39 mortos e 41 desaparecidos nas enchentes que atingiram a região naquele ano. Entre as cidades afetadas, Guarujá teve o maior número de vítimas, 27 no total, e lá também estavam os 41 não localizados, todos moradores de comunidades em regiões populares da cidade. Os números tornaram o desastre natural pior do que a tragédia na barragem de Mariana, em 2015, que vitimou 19 pessoas em Minas Gerais, e um dos mais impactantes das últimas décadas no Brasil.

 

 

PREPARAÇÃO E ENFRENTAMENTO – Considerando as características que envolvem esse tipo de evento e suas consequência dramáticas, seria possível afirmar que a ação humana pode agravar as consequências dos desastres naturais, como também, reduzir seus danos? Qual seria o grau dessas interferências? O que de mais relevante as tragédias do passado conseguiram nos ensinar, como indivíduos e sociedade? Quais as principais deficiências estruturais existentes a serem superadas?

 

Para refletir sobre esse tema, o painel GOVERNANÇA LOCAL, de 28 de fevereiro realizou o debate: DESASTRES NATURAIS | O que estamos fazendo para nos proteger? Que recebeu como convidados o Tenente Coronel Jean de Morais Pereira | Coordenador Operacional da Defesa Civil de São Vicente e Paulo Rogério Coelho | Comandante da GCM de São Vicente.

Assista o programa completo

 

SOBRE OS CONVIDADOS

JEAN DE MORAIS PEREIRA | Graduado em Engenharia pela Universidade Bandeirante, São Paulo; Tecnólogo em Construção Civil modalidade Edifícios, Faculdade de Tecnologia de São Paulo; Pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade de Guarulhos, Guarulhos; Mestrado Profissional em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Pós-Graduação em Bombeiros, Curso de Especialização de Oficiais – Bombeiros-I/00, pela Escola Superior de Bombeiros, Franco da Rocha, Brasil. 2001; Curso de Resgate e Emergências Médicas, pela Escola Superior de Bombeiros, Franco da Rocha, Brasil.

 

PAULO ROGÉRIO COELHO | Bacharel em Educação Física pela Universidade Metropolitana de Santos, ex Secretário Geral da União Nacional dos Guardas Civis Municipais, instrutor do Instituto de Pesquisa em Segurança Pública, e atual Comandante Geral da Guarda Civil de São Vicente.

 

SOBRE O PROGRAMA

A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine ao                   mesmo tempo como visão, selo e canal de informação em plataforma digital.

 

 

ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO

 

         O programa Protagonismo Regional em Debate, produzido pela equipe de comunicação do Movimento Protagonismo Cidadão, teve seu primeiro                                programa veiculado em 30 de maio de 2020 e conta com a participação de  especialistas e lideranças de setores diversos. Com duração de 60 minutos, as              entrevistas e debates são pautados na identidade e vocações econômicas da região.

 

As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, ambos fundadores e membros da Coordenação do Movimento Protagonismo Cidadão.

 

 

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de       suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade      sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas: política, empresarial e estatal.

 

CANAIS DE TRANSMISSÃO

Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multi-plataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram Protagonismo Cidadão e Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a diferentes públicos, mas com foco especial em jovens de 25 a 35 anos, que ainda estão formando consciência crítica quanto aos desafios da vida nas cidades.