CONFLITO NA UCRANIA |Quais os possíveis reflexos na Baixada Santista

05 de março de 2022

 

Localizada na Europa, a Ucrânia é o segundo maior país do continente e em 2016, sua população beirava aos 43 milhões de habitantes. Em 1920, tornou-se parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a União Soviética e mesmo tendo sida dominada pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, foi recuperada em 1944 pelos soviéticos.

“Devido à alta do valor do petróleo, o preço do frete marítimo, rodoviário e ferroviário tende a subir, aumentando a inflação para o consumidor final”

 

 

Em 1991, foi declarada sua independência e desde então conflitos políticos ocorrem no país.

Em 24 de fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou um pronunciamento no qual autorizava uma operação militar especial na Ucrânia sob a justificativa de proteger a população de regiões separatistas. Poucas horas após tal pronunciamento, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades da Ucrânia.

Logo na primeira semana de guerra na Ucrânia, a economia mundial já pode sentir as consequências do acontecimento. Rápidas sanções isolaram a Rússia, o que colapsou sua moeda e ativos financeiros, levando ao aumento de preço de energia e alimentos.

Em relação ao setor de gás natural e petróleo, as operadoras de petróleo estão cautelosas com o risco para os navios no Mar Negro e as principais companhias petrolíferas do país estão abandonando as operações na Rússia. Como consequência, o valor do petróleo Brent subiu cerca 20% desde o começo da invasão.

O aumento nos preços do combustível é esperado em todo mundo, elevando custos de viagens e deslocamentos, junto ao aumento da inflação.

 

O setor agrícola também sofre com o aumento de preços. A Ucrânia e a Rússia produzem cerca de 14% do trigo consumido em todo planeta e são fornecedoras de 29% de todas as exportações de trigo. Desta forma, a commodity se torna mais cara para os fabricantes de alimentos, que devem repassar esses custos ao consumidores.

 

” o cenário de importações de fertilizantes e exportações de cargas, como milho e soja, pode impactar diretamente o faturamento do Porto”

 

Baixada Santista – Devido à alta do valor do petróleo, o preço do frete marítimo, rodoviário e ferroviário tende a subir, aumentando a inflação para o consumidor final.

Em relação ao Porto de Santos, o maior risco vem dos insumos. Ambos os países supracitados são importantes fornecedores de fertilizantes e caso a guerra se estenda por longo período de tempo, um desabastecimento de fertilizantes no mercado mundial pode ser esperado.

Caso esse cenário se confirme, os impactos para a economia brasileira podem ser muito fortes, visto que tal insumo é necessário para o agronegócio. Ou seja, o cenário de importações de fertilizantes e exportações de cargas, como milho e soja, pode impactar diretamente o faturamento do Porto. Considerando tal nível de incertezas quando estes reflexos começarão a ser sentidos na baixada santista? Os impactos econômicos comprometerão os investimentos no porto e suas cadeias econômicas? Até que ponto o prolongamento do conflito poderá impactar no processo de desestatização da autoridade portuária? Considerando que o conflito entre Rússia e Ucrânia já se dá no Cyber espaço, em que medida isso coloca em risco nossa região? Quais medidas precisariam ser adotadas pelas as autoridades e lideranças empresarias da região para mitigar eventuais riscos?

 

Para refletir sobre esse tema, o painel GOVERNANÇA LOCAL promoveu no programa de 03 de março de o debate: CONFLITO NA UCRANIA |Quais os possíveis reflexos na Baixada Santista que recebeu como convidados: Antônio Lawand Jr |Advogado e professor universitário; Hélio Halite |Consultor em Logística Portuária; Rodrigo Zaneth | Advogado especialista em Direito Internacional; Wladimir Mattos – Empresário do setor Portuário.

SOBRE OS CONVIDADOS

ANTONIO ELIAN LAWAND JR. | Advogado Doutorando, Mestre e Bacharel em Direito pela U. Católica de Santos. Pós-graduado pela U. de Tampere (Finlândia). Professor universitário e advogado no E. São Paulo.

HÉLIO HALITE |Professor Universitário e especialista em Logística, Gestão, Desenvolvimento e Tecnologia Portuária. Mestre em Ecologia e Meio Ambiente. Áreas de Concentração: Sistemas Sustentáveis – Auditoria Ambiental.

RODRIGO ZANETH | Advogado e Professor Universitário. Doutor em Direito Ambiental Internacional pela Unisantos. Membro do International Law Association (ILA) BRASIL.

WLADIMIR MATTOS – Empresário do setor Portuário, também é licenciado em história, apoiador do esporte na região é um dos fundadores e em Embaixador do Movimento Protagonismo Cidadão.

 

SOBRE O PROGRAMA

A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine ao                   mesmo tempo como visão, selo e canal de informação em plataforma digital.

 

ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO

 O programa Protagonismo Regional em Debate, produzido pela equipe de comunicação do Movimento Protagonismo Cidadão, teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020 e conta com a participação de  especialistas e lideranças de setores diversos. Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates são pautados na identidade e vocações econômicas da região.

As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, ambos fundadores e membros da Coordenação do Movimento Protagonismo Cidadão.

 

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de       suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade      sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas: política, empresarial e estatal.

 

 

CANAIS DE TRANSMISSÃO

Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multi-plataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram Protagonismo Cidadão e Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a  diferentes públicos, mas com foco especial em jovens de 25 a 35 anos, que ainda estão formando consciência crítica quanto aos desafios da vida nas cidades.