21 de julho de 2025
Como Construir uma “Cidade Inteligente” sem desumanizar uma comunidade?
O distanciamento social causado pelo controle sanitário em 2020 intensificou o
uso de tecnologias digitais, aprofundando a transformação nas formas de
produzir, consumir, estudar e se divertir. Ao mesmo tempo, mostrou que as mais
avançadas tecnologias não são suficientes para enfrentar a desigualdade
social, o déficit educacional, a degradação ambiental, entre outros problemas
que exigem, além de recursos tecnológicos, esforços de governança e inovação
urgentes para o futuro.
A ILUSÃO DA CIDADE INTELIGENTE – Cidades inteligentes, ou “smart cities”, utilizam
tecnologias como sensores, Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e
análise de dados para otimizar serviços urbanos, como transporte, segurança,
gestão de resíduos e energia, que deveriam, em tese, criar ambientes urbanos
mais eficientes, sustentáveis e com melhor qualidade de vida para os cidadãos.
Mas estas ferramentas seriam as únicas formas definir, de verdade, uma cidade
inteligente?
CIDADES HUMANIZADAS – Cidades humanizadas buscam criar espaços públicos
acolhedores e propícios para a interação social, a cultura e o lazer. Isso envolve
a criação de áreas verdes, espaços de convivência, ruas mais seguras para
pedestres e ciclistas, e a valorização do patrimônio histórico e cultural da cidade.
Por esta ótica, a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para humanizar
as cidades, desde que usada de forma estratégica e com foco nas
necessidades das pessoas. Entre os exemplos incluem o monitoramento da
qualidade do ar, instalando sensores em pontos estratégicos para medir esta
qualidade e alertar a população sobre possíveis problemas, além de fornecer
dados para ações de melhoria. Apesar da relevância destas medidas, é
fundamental ouvir o cidadão.
PARTICIPAÇÃO CIDADÃ- Cidades litorâneas de cultura caiçara como as da
Baixada Santista, encerram características extremamente peculiares, e acabam
sendo fortemente impactadas com a evolução dos cenários urbanos. Contexto
em que é levantado um debate importante sobre como introduzir as novas
tecnologias com menor impacto nas relações afetivas e no senso de
pertencimento das comunidades locais, fortemente relacionados a cenários de
exclusão social. Especialistas consultados apontam a necessidade de identificar
comportamentos culturais locais que fazem os cidadãos se sentirem excluídos,
sabotando o protagonismo comunitário, mesmo quando há boas intenções de
suas lideranças.
Neste sentido, cabe uma reflexão: O que a cidade pode fazer para ouvir
melhor seus moradores e como a IA pode ajudar neste propósito? Não apenas
como controle, mas como ferramenta de leitura? Quais são os riscos em
digitalizar uma cidade sem antes ouvir a sua cultura local? O que líderes
comunitários e cidadãos comuns podem fazer para ativar tal protagonismo?
Quais seriam as melhores estratégias para o poder público e a sociedade civil
caminharem juntos nestas discussões?
“O que a cidade pode fazer para ouvir
melhor seus moradores e como a IA pode ajudar neste propósito?”
Para refletir sobre esse tema, o painel GOVERNANÇA LOCAL do
Protagonismo Regional em Debate promove no programa do próximo dia 14 de
julho de 2025, a partir das 20h, o debate: CIDADES DO FUTURO| Inteligentes,
Tecnológicas e Humanizadas, que terá como convidado especial, SILAS SERPA
| Professor e Conselheiro em Transformação Digital, Mentor de Liderança e
Conselhos | Palestrante em IA, Cultura e Inovação Regenerativa e comentários
de Alessandro Lopes | Arquiteto Urbanista especialista em cidades inteligentes
SOBRE O CONVIDADO
SILAS SERPA | Professor e Conselheiro em Transformação Digital, Mentor de
Liderança e Conselhos | Palestrante em IA, Cultura e Inovação Regenerativa
SOBRE O CANAL E O PROGRAMA
A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e
apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro
setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira
protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine
como uma visão, selo e canal de informação. Uma Plataforma de Conteúdo, um
Clube de Negócios e um Canal de Comunicação.
ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO
O programa Protagonismo Regional em Debate, apresentado pelos consultores
e fundadores da plataforma Sergio França Coelho e Lucia Helena Cordeiro é produzido
pela equipe de comunicação da Plataforma Protagonismo Cidadão, e teve seu
primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020. Conta com a participação de
especialistas e lideranças de setores diversos. Com duração de 60 minutos, as
entrevistas e debates são pautados na identidade e vocações econômicas da região.
As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com
apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia
Helena Cordeiro.
PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO
O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo
político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração
de suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da
sociedade sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas política, empresarial e estatal.
CANAIS DE TRANSMISSÃO
Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias
multiplataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram do
Protagonismo Cidadão e do jornal Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a
diferentes públicos, mas com foco especial no público de 35 a 55 anos, disposto ao
debate crítico quanto aos desafios da vida nas cidades.
