BALANÇO DAS ELEIÇÕES 2022|Como pacificar o país?

O Brasil sempre foi maior do que qualquer crise econômica, política ou social e eu espero que isso venha acontecer de novo”. (Michel Temer)

 

As urnas ainda recebiam os eleitores no último dia 30, quando o ex-presidente Michel Temer se pronunciou publicamente sobre a eleição presidencial de segundo turno: “Mais importante é buscar a pacificação do país e entre as instituições, o que é fundamental a partir desta noite. […] Eu espero que aconteça o que sempre acontece no Brasil. O Brasil sempre foi maior do que qualquer crise econômica, política ou social e eu espero que isso venha acontecer de novo”, afirmou.

 

Iniciada a apuração dos votos, antes das 20h de domingo (30) candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva foi declarado matematicamente eleito. Após a confirmação da vitória pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula fez um pronunciamento no qual disse que não há “dois Brasis” e que é hora de pacificar o país. Ele disse ainda que o combate à miséria é a razão de sua vida. Será?

 

Para o jornalista e consultor econômico Rodolfo Amaral a eleição acentuou a divisão no país. “A polarização se desfez por apenas 2 milhões de votos de diferença. Mas, 37,5 milhões de brasileiros optaram por se excluir da decisão: 31,9 milhões se abstiveram; 3,9 milhões votaram nulo; e 1,7 milhão votaram em branco”.  Ou seja, a eleição de Lula está longe de ter legitimado ampla preferência dos brasileiros. “Todos conhecem o que ocorreu na trajetória desta disputa, fatos que dispensam comentários. Mas o resultado das urnas será atribuído sobretudo aos que lavaram as mãos no ato de tomar uma decisão” publicou em suas redes sociais. Amaral destacou ainda, que durante os 16 anos do Governo do PT, a Previdência Social acumulou um déficit de R$ 1,9 trilhão. E isto hoje está contabilizado na dívida pública. Gera juros de R$ 190 bilhões, por ano, valor superior a todos os programas sociais vigentes. Estes números não fizerem parte do debate nacional e não sabemos para onde caminharemos nos próximos 4 anos, até porque, o candidato vencedor não apresentou sua estratégia de gestão e política econômica para os eleitores. Para alguns analistas estes fatores podem contribuir para o aumento das incertezas econômicas, alimentando ainda mais a polarização e instabilidade social. 

AMEAÇA A DEMOCRACIA E CENSURAPara alguns analistas, o ano de 2022 poderá ser apontado no futuro, como um divisor de águas para os destinos do Brasil, e, devido a sua importância no hemisfério sul, para a própria geopolítica internacional. O vencedor do segundo turno, na condição de candidato, afirmou em vários pronunciamentos públicos, não ser a favor da censura, mas sim de uma regulamentação nas mídias sociais. A possibilidade de consolidar o desrespeito ao artigo 220 da CF, que trata sobre a manifestação do pensamento e liberdade de expressão pode não ser mais um risco, mas uma realidade. Como a sociedade poderá se defender desse risco pacificamente?

 

Assista ao corte 

 

Em todo esse contexto é possível afirmar que o resultado das eleições consolidará a democracia de papel? Quanto o cerceamento das liberdades individuais está contribuindo para essa falsa democracia ter silenciosamente se instalado no Brasil? Até que ponto será possível cobrar do futuro governo se for mantida a censura de imprensa? Como frear um poder tão grande sobre a vida das pessoas considerando “a nobre missão” do Estado em controlar nossas vidas? A quais lideranças e instituições caberão a difícil missão de pacificar o país?

 

SOBRE OS CONVIDADOS 

RODOLFO AMARAL | Jornalista, consultor econômico, foi secretário Municipal de finanças de Santos e Guarulhos, Sócio e diretor das Consultorias R Amaral e Data Center Brasil

RONALDO FERREIRA| Advogado especialista em direito empresarial, professor, Analista Político, ex-chefe do departamento de emprego e trabalho da secretaria municipal de portos, indústria e comercio e atual diretor do PROCON Santos.

JOÃO VILLELA| Empresário do comércio, advogado, formado em Mecânica e Engenharia. Atuou por oito anos como professor nos cursos técnicos da Escolástica Rosa e Aristóteles Ferreira.

 

ASSISTA O PROGRAMA COMPLETO

SOBRE O PROGRAMA

 

A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se auto define como visão, selo e canal de informação em plataforma digital.

 

ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO

 

O programa Protagonismo Regional em Debate, produzido pela equipe de comunicação do Movimento Protagonismo Cidadão, teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020 e conta com a participação de  especialistas e lideranças de setores diversos. Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates são pautados na identidade e vocações econômicas da região.

As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, ambos fundadores e membros da Coordenação do Movimento Protagonismo Cidadão.

 

 

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

 

O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de       suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade      sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas: política, empresarial e estatal.

 

CANAIS DE TRANSMISSÃO

 

Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multi-plataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram Protagonismo Cidadão e Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a  diferentes públicos, mas com foco especial em jovens de 25 a 35 anos, que ainda estão formando consciência crítica quanto aos desafios da vida nas cidades.