A POLEMICA DO ISOLAMENTO SOCIAL – Elton dos Anjos

Em tempos de pandemia, o isolamento social pode ajudar a reduzir a contaminação, nesse momento é a única opção oferecida pelas autoridades para que a normalidade possa se reestabelecer o quanto antes.

O risco de contaminação é muito alto e veloz, estes argumentos são muito fortes e preocupam toda a população. Em uma análise fria, não praticar o isolamento social temporário pode produzir uma catástrofe social que, por decorrência, também será econômica, pois não preservar as rendas de trabalhadores e pequenos empresários em um contexto de isolamento agravará ainda mais um quadro que já está se demonstrando dramático.

Hoje não vemos espaço para pequenos empresários voltarem à suas atividades, mas temos que buscar uma alternativa onde possamos construir possibilidades melhores em conjunto, ou pereceremos coletivamente.

O que vemos hoje é que teremos consequências desastrosas na vida das pessoas e na economia do brasileiro, isso por não vermos até agora, planos de ação sobre o tema economia nacional, e os estragos sem precedentes que o COVID-19 nos deixará, enquanto assistimos um palanque político pregando um terror sem qualquer planejamento econômico e no que tange à saúde para a população geral que governam.

O que precisa ser visto de imediato pelos meses que nossa população está confinada, é uma isenção ou um corte dos pagamentos de IPTU, IPVA, ICMS, ISS, ALVARÁ, essa seria uma contrapartida nesse momento tão difícil. Mas vejo que preferem continuar pregando o terror, ao invés de oferecer saídas ao cidadão.

Mais preocupante ainda, é saber que pelo menos 600 mil micro e pequenas empresas encerraram suas atividades em razão do COVID-19, causando  demissão de 10 milhões de funcionários, e o aumento da taxa de desemprego. E o que dizer dos autônomos, informais e funcionários de grandes empresas.

Nenhum pequeno comércio é capaz de sobreviver por mais de 30 dias fechado, onde não possuem reserva e o pior, a falta do faturamento diário para que possam sobreviver.

A conclusão é simples, pois toda essa quarentena é necessária, e tenho certeza que, como disse, é a única orientação da OMS que temos. Porém, muito desordenada pelos Governadores e Prefeitos, os quais estão adotando, sem nenhum planejamento, ações que possam ajudar de fato à sua população que precisa muito ser conduzida para o menor sofrimento possível.

O que vemos todos os dias são apenas disputas políticas disfarçadas de preocupação com a vida das pessoas. Pedir aos políticos e governantes uma união e planejamento sem colocar o jogo político em pauta seria quase uma utopia.

Não estou defendendo a desobediência aos decretos sejam eles Estaduais ou Municipais, e muito menos a anarquia, mas sim, uma cobrança da população em geral para que seja apresentado um planejamento para sair da quarentena.

Nenhum pequeno comércio é capaz de sobreviver por mais de 30 dias fechado, onde não possuem reserva e o pior, a falta do faturamento diário para que possam sobreviver.

Enquanto escrevia este artigo, fui surpreendido com a notícia de que o prefeito de Santos- SP – Sr. Paulo Alexandre Barbosa estaria apresentando essa semana uma proposta de um plano de retomada econômica, a qual deverá ser adotada dentro de uma flexibilização da quarentena que estamos vivendo. Isso reafirma meu posicionamento de que esse assunto deve ser tratado com certa urgência, pois essa angustia circula sobre todos os comerciantes de nossa cidade que precisam retomar suas atividades.

A iniciativa da prefeitura de Santos vai ao encontro, em um primeiro momento, de trazer soluções para que as atividades possam retornar a uma possível normalidade vigiada dentro da previsão estabelecida.

Não seria aqui o advogado do diabo para criticar a referida preocupação, mas dizer que isso demonstra ao menos uma tentativa de solucionar esse grave momento.