A eterna dualidade humana: Se está na organização quer estar em casa (in home) e se está “in home” quer estar na empresa. Não, o mundo não mudou. O mundo virou do avesso! Principalmente, o mundo do trabalho que, em 60 dias, modificou-se mais do que nos últimos 10 anos.
A Tecnologia (criada por nós) já objetivava a redução de horas trabalhadas nas organizações, para que sobrasse mais tempo, para a tal preconizada “qualidade de vida” (cada um com seu conceito sobre ela: ficar mais tempo em casa, dedicar-se ao lazer, à hobbies, curtir família, ou ficar longe dela, etc.).
E esse tempo chegou. A pandemia agiu como catalisador desse novo mundo. Trouxe a necessidade de isolamento social. Empresas, em poucos dias, foram obrigadas a estabelecer quais papéis na organização poderiam continuar assegurando resultados, mesmo que desenvolvidas em “Home Office”, em detrimento de outros, considerados essenciais, que precisavam continuar sendo exercidos no próprio local. Líderes tiveram que aprender que não mais faz sentido a gestão pelo controle e sim pela confiança.
Mas, afinal, Home Office é para todo mundo?
Creio que há dois importantes pontos a serem analisados:
- Quais tarefas são mais producentes desenvolvidas na modalidade Home Office?
- Que profissionais devem conduzi-las? Qual o perfil exigido?
Em algumas organizações, para as quais presto Consultoria, observei que aumentaram muito a produtividade e a qualidade das tarefas cumpridas em Home Office, bem como reduziram o tempo de resposta. Entretanto, a mesma atividade desenvolvida por outro profissional não alcançou sucesso.
A pandemia agiu como catalisador desse novo mundo. Trouxe a necessidade de isolamento social. Empresas, em poucos dias, foram obrigadas a estabelecer quais papéis na organização poderiam continuar assegurando resultados, mesmo que desenvolvidas em “Home Office”, em detrimento de outros, considerados essenciais, que precisavam continuar sendo exercidos no próprio local. Líderes tiveram que aprender que não mais faz sentido a gestão pelo controle e sim pela confiança.
Por quê?
Porque há profissionais que, de forma mais organizada e disciplinada, desenvolvem melhor suas tarefas quando em locais de baixo nível de interferência, seja ela humana ou tecnológica (excesso de e-mails, telefonemas, reuniões, etc.). Aliás, até já se disponibilizaram para continuar trabalhando nesta modalidade após o isolamento social, alegando que “apenas estão geograficamente distantes, mas, jamais distantes socialmente, pois ampliaram seu nível de relacionamento, graças às diversas plataformas, onde conseguem ver, ouvir, serem vistas e ouvidas, de forma mais objetiva.
Outros precisam estar “presencialmente” com diferentes profissionais, para troca de ideias, acolhimento, papo no café, alegando que primam por relações “olho no olho”. Estes alegam estar “morrendo de saudades” do escritório ou espaço onde coabitavam diariamente.
Outros ainda afirmam estar curtindo a experiência “Home Office”, mas que infelizmente o excesso de outras demandas domésticas (cuidar da casa, dos filhos ou pais, etc), fazem-no optar por ir ao Escritório.
Somos seres destinados a viver em sociedade. O que se modifica é a forma de nos colocarmos no mundo para nos sentirmos plenos e felizes. Mental e Emocionalmente saudáveis. Estar com o outro potencializa nosso crescimento e evolução. Mas, podemos exponenciar, através da tecnologia sim.
Inúmeras são as ferramentas que nos permitem “estar juntos”, virtualmente (para quem esta forma basta): Lives, Hangouts, Webinars, Vídeos, WhatsApp, Stream Yard, Google Teams, e muitas outras ferramentas digitais, além de podermos exercitar nossa livre escolha, pós isolamento, em estar presencialmente com quem assim o quisermos.
Somos 7 bilhões de seres únicos no planeta, portanto, devemos respeitar aqueles cuja importância do toque, do abraço, do olhar e até do silencio das pessoas presentes, em seu entorno, profissional e familiar, são inegociáveis.
A boa ou má notícia é que o mundo do trabalho está, agora mais do que nunca, se configurando como “PhyDigital” (físico + digital). Ou seja, estaremos ora em “Home Office”, ora no escritório ou espaço de trabalho, de tal forma que possamos sim conciliar interesses pessoais e profissionais e as empresas reduzirem despesas (transporte, alimentação e outras).
Estou em casa, deu saudades do local de trabalho? Dos amigos? Preciso estar com gente? Acelero resultados estando presencialmente com outros profissionais? Decido: Vou até lá! Simples assim.
Neste novo mundo do trabalho seremos cobrados e remunerados por nossas entregas diferenciadas, inovadoras e não mais pelo tempo à disposição na empresa. Este novo formato “híbrido” nos propiciará mais foco em resultados, autoaprendizado, convivência mais harmônica, compartilhamento, colaboração, trocas de experiências (independente do formato: presencial ou virtual) e principalmente, a tão buscada conquista do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
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