FINANCIAMENTO DO TURISMO CULTURAL | Capital Privado e Cidades Inteligentes

9 de setembro de 2024

 

 

O cenário global de transição energética está em um ponto crítico, impulsionado por crises energéticas, mudanças climáticas e a necessidade de diversificar fontes energéticas.

 

A guerra entre Rússia e Ucrânia acelerou essa mudança, ela resultou em uma crise energética na Europa, especialmente na Alemanha, devido à dependência do gás natural russo. Com a instabilidade do fornecimento de energia e preços elevados do Gás natural, muitos países europeus intensificaram seus esforços para diversificar suas fontes energéticas e acelerar a transição para alternativas mais seguras e sustentáveis.

 

O hidrogênio verde é produzido a partir da eletrólise da água, que utiliza energia elétrica proveniente de fontes renováveis, como a solar e a eólica, para dividir a água (H₂O) em hidrogênio (H₂) e oxigênio (O₂). O que o torna “verde” é exatamente a fonte de energia usada para a eletrólise, que não emite dióxido de carbono (CO₂) durante a produção. A sua produção não foi explorada devido aos altos custos das fontes de energia renováveis, porém devido a alta exponencial do preço do Gás natural na Europa, o H2V se tornou uma alternativa viável.

 

 

 

O BRASIL COMO UMA POTÊNCIA ENERGÉTICA? – Para que o hidrogênio seja considerado “verde”, a eletrolise deve ser realizada com fontes de energia renováveis. A matriz energética brasileira é predominantemente renovável, com destaque para hidrelétricas, que fornecem cerca de 60% da eletricidade do país. Fontes eólicas e solares têm crescido rapidamente, contribuindo para a diversificação da matriz.

 

O Brasil também utiliza biomassa e etanol como alternativas sustentáveis, além de gás natural e petróleo para complementar o fornecimento energético. A abundância de recursos naturais posiciona o país como líder em energia limpa globalmente, com o desafio de continuar expandindo essas fontes enquanto equilibra a demanda energética.

 

Um estudo publicado em janeiro de 2023 pela consultoria estratégica alemã Roland Berger projeta que o hidrogênio verde será a principal fonte de energia do planeta, se o mundo cumprir os compromissos estabelecidos no Acordo de Paris. Nesse cenário, o mercado mundial de H2V deverá movimentar mais de 1 trilhão de dólares em venda direta do combustível ou derivados.

 

De acordo com a consultoria alemã, o Brasil irá liderar essa corrida, transformando-se em um grande exportador global. A Roland Berger estima que o mercado brasileiro de H2V irá alcançar um valor anual de R$ 150 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões serão provenientes das exportações.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), o custo de produção por quilo do H2V no mercado internacional, com utilização de fontes renováveis, em agosto de 2023 estava entre 3 e 8 dólares. Já no Brasil, se considerado o emprego da energia gerada em usinas eólicas ou solares no processo de eletrólise, o custo estava entre 2,2 e 5,2 dólares.

 

Um estudo da McKinsey aponta que o Brasil pode chegar a uma produção de H2V com valor abaixo de US$ 1,50 por quilo em 2030. Um estudo da consultoria Mirow indica que o preço da produção do H2V vai cair de US$ 3,80 para US$ 0,90 até 2050.

 

 

VIABILIDADE ECONÔMICA E JURÍDICA – Embora o H2V seja produzido a partir de fontes renováveis, como energia eólica e solar, há preocupações sobre a utilização de energia não renovável durante a construção e operação das plantas de produção.

 

Como garantir que a produção de H2V seja realmente “verde”? Existe um risco de que a produção de H2V se torne uma nova fonte de consumo intensivo de energia não renovável?

 

Outro aspecto crítico é a adequação da legislação e dos processos de licenciamento ambiental para acomodar os projetos de H2V. A Comissão Especial de Hidrogênio Verde é um grupo estabelecido pela Câmara dos Deputados do Brasil para discutir políticas e marcos regulatórios para o desenvolvimento do hidrogênio verde no país. Criada em 2023, a comissão foi protocolada pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), visando alinhar o Brasil às metas globais de descarbonização. Até o momento, a comissão tem avançado nas discussões sobre incentivos fiscais, investimentos em infraestrutura e exportação de hidrogênio verde, promovendo diálogos com o setor industrial e especialistas internacionais. As atuais leis ambientais brasileiras são suficientes para regular esse novo setor? Existe um risco de flexibilização das normas para acelerar o licenciamento, o que poderia comprometer a proteção ambiental e social?

 

A produção de hidrogênio verde requer grandes quantidades de água, um recurso cada vez mais escasso em várias regiões do Brasil. Como os projetos de H2V irão assegurar que o uso de água não prejudique comunidades locais, especialmente em regiões áridas? Qual é o impacto ambiental real do consumo de água nesses projetos?

 

Para refletir sobre esse tema, o painel INOVATEC, promove no programa de 09 de setembro, a partir das 20h, o debate: FINANCIAMENTO DO TURISMO CULTURAL | Capital Privado e Cidades Inteligentes, que terá como convidados:

MARCOS ROMANO | Engenheiro especialista em BIM

Alessandro Lopes | Arquiteto Urbanista especialista em Cidades Inteligentes

Daniel Coelho| Advogado especialista em Sistemas Eletrônicos de Segurança

 

 

SOBRE O PROGRAMA

A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária, é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e terceiro setor, fundada com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã como verdadeira protagonista do desenvolvimento da sociedade. Nossa plataforma se autodefine como uma visão, selo e canal de informação. Uma Plataforma de Conteúdo, um Clube de Negócios e um Canal de Comunicação.

 

ENTREVISTAS E DEBATES SOBRE A REGIÃO

O programa Protagonismo Regional em Debate é uma produção da equipe de comunicação da Plataforma Protagonismo Cidadão em parceria com os estúdios Telavip Digital e teve seu primeiro programa veiculado em 30 de maio de 2020.

Com duração de 60 minutos, as entrevistas e debates com especialistas e lideranças de setores diversos são pautadas na identidade e vocações econômicas da região. As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro, consultores organizacionais e fundadores do Protagonismo Cidadão.

 

 

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de suas vocações, e na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade sobre temas ainda hoje circunscritos às áreas política, empresarial e estatal.

 

 

CANAIS DE TRANSMISSÃO

Para atingir estes propósitos, este projeto tem apostado em estratégias multiplataformas de redes sociais (canais do Youtube, Facebook e Instagram do Protagonismo Cidadão e do jornal Diário do Litoral), utilizando linguagem atraente a diferentes públicos, mas com foco especial no público de 35 a 55 anos, disposto ao debate crítico quanto aos desafios da vida nas cidades.

Programa gravado em 09 de setembro de 2024:

TÍTULO| SUBTÍTULO

que terá como convidado:

CONVIDADO A| CURRICULO RESUMIDO

 CONVIDADO B| CURRICULO RESUMIDO

 CONVIDADO C| CURRICULO RESUMIDO

 

Apresentação de Sérgio França Coelho e Lúcia Helena Cordeiro

Gravação em 09 de setembro, as 17h

Estúdio: Avenida Ana Costa, 222, sala 77.