A sociedade nunca mais será a mesma depois da crise de saúde que afeta o mundo, decorrente da pandemia covid19, e que está impactando profundamente, não apenas a saúde e a economia global, como também as condutas sociais em todo o mundo.
Para refletir sobre estas mudanças e sobre os desafios do home office, o coordenador e fundador do movimento Protagonismo Cidadão Sérgio França Coelho realizou na noite de 31 de março, um bate papo com o empresário e consultor estratégico de marketing digital Leandro Godoy.
Apesar de não ser algo novo, a adesão quase que forçada ao home office durante as quarentenas está acelerando as adaptações. Para Leandro Godoy, da MARKFRAME Marketing, e adepto há muitos anos do home office, a disciplina costuma ser o grande desafio para quem ainda não está habituado a rotina do trabalho em casa.
Para Godoy, umas das formas bastante práticas de se alcançar esta disciplina é “enganar a mente” e seguir todos os rituais do trabalho convencional, seguindo os horários, os rituais de banho, roupa e café, antes de iniciar as atividades profissionais.
Questionado se a flexibilidade para pausas de descanso poderiam ser aliados a melhora do processo criativo, ele concordou, mas enfatizou que sem a disciplina mencionada anteriormente, os ganhos de criatividade podem se perder na falta de foco e no cumprimento de prazos.
Leandro Godoy, da MARKFRAME Marketing, e adepto há muitos anos do home office
Ponto positivo da crise?
No passado era comum ouvir que as redes sociais aproximavam as pessoas, mas há uma corrente que afirma o contrário. Godoy defende que se encontre um meio termo no uso das tecnologias para o trabalho fora do ambiente convencional. “E importante para que se possa conseguir separar o trabalho dos relacionamentos pessoais, argumenta, pois, com tantos dispositivos conectados, o home office pode migrar para o praia office, o cinema office e a choperia office”, brincou.
Mudança de paradigmas criará novos meios de produção
Outro fenômeno destacado durante a live foi a inevitável mudança de paradigma que já está ocorrendo, e segundo Godoy irá se manter após a crise. “O home office deverá assumir conceitos mais formais nos diversos meios de produção, além da própria relação trabalhistas com as empresas, e das empresa com seus clientes”, afirmou. O empresário entende que no campo da adaptação aos novos tempos, o próprio setor de marketing digital será um dos setores que deverão consolidar a prática do home office, além dos setores de tecnologia e ensino a distância.
Ele também acredita que a sociedade de forma geral já está preparada para essa mudança forçada, e se diz otimista quanto aos impactos dessa transição nos novos modelos econômicos em escala global, considerando a gigantesca concentração das riquezas em todo o mundo.
“Eis uma ótima oportunidade para estabelecer o protagonismo das pessoas anônimas. Mesmo que forçosamente, está sendo provado que é possível fazer muito mais com os recursos que já dispúnhamos até aqui, e os anônimos começarão a perceber as possibilidade contidas num pequeno smartphone”, concluiu Godoy.
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