BALANÇO DO PRIMEIRO TURNO DAS ELEIÇÕES 2022 | Atuação das mulheres no cenário político

17 de outubro de 2022

Todos sabemos que o ingresso da mulher em todos os ambientes profissionais, em
pleno século 21, ainda é motivo de discussão, seja sobre diferença salarial ou
qualquer outra razão que supostamente deixe a mulher numa posição de inferioridade
em relação aos homens. E mesmo em meio a tantas discussões, ainda assim a
mulher vem ganhando cada vez mais destaque no mercado de trabalho e entrando

cada vez com mais força na vida política, aprendendo a se posicionar, independente
de partidos, ideologias ou qualquer que seja a divergência que muitas vezes desune
as mulheres, mas a grande maioria vem mostrando que o lugar de mulher é sim onde
ela quiser, que podem conquistar isso sem vitimismo, mostrando seu verdadeiro
potencial, estudando, aprendendo a argumentar, aprendendo a estufar o peito e se
fazer ouvir.

Mas embora o cenário político venha ficando cada vez mais cor de rosa, ainda está
um tanto distante de uma igualdade entre a quantidade de homens e mulheres
parlamentares, sendo a Câmara dos Deputados composta apena 15% por mulheres.
Uma diferença gritante se comparada ao número de eleitoras, que é de 52,5%
composto por mulheres.

 

O direito da mulher ao voto é uma conquista que completa 90 anos em 2022, mas
ainda está bem longe de ser a garantia de que o direito à igualdade entre os gêneros
seja de fato aplicada. Se faz necessário que as mulheres se interessem pelas
entranhas da vida política, que desejem mais do que apenas dar um voto, que
almejem ser votadas. E para despertar este interesse do público feminino pelos
cargos políticos, são apresentados sempre projetos de lei que assegurem direitos da
mulher parlamentar. Entre eles, destacam-se a recente alteração na Emenda
Constitucional 97/2017, que determina a cada partido que apresente o mínimo de
30% de candidaturas femininas, para que possam ter direito a receber o fundo
partidário eleitoral para campanha.

 

Há quem veja esse tipo de cota voltada para o ingresso de mulheres na política como
uma mudança positiva, que pode fazer com que mais mulheres sintam a necessidade
de se qualificar para competir igualitariamente como os homens. Mas há também
aqueles que criticam por diversos fatores, entre eles se faz bastante relevante o fato
de que os partidos não preparam as mulheres candidatas e as escolhem sem muitos
critérios, no intuito apenas de completar a quantidade exigida por lei, o que acaba
comprometendo a eficiência do parlamento caso candidatas sem a devida expertise
assumam cargos políticos.

Apesar do baixo número de mulheres parlamentares, o Brasil ja as teve ocupando
cargos até pouco tempo inimagináveis para uma mulher, que independente da

Contato – www.protagonismocidadao.com.br – e-mail: protagonismocidadao@gmail.com
ideologia política, mostrou que a mulher pode sim chegar muito longe, como é o caso
da ex Presidente Dilma Rousseff, que sofreu um impeachment no ano de 2016
mediante a muitas polêmicas e divergências de opiniões no parlamento e na
sociedade. Marina Silva, com mais de 40 anos de militância e vida pública, diversas
vezes candidata à presidência, em 2022 candidata a Deputada Federal. E em 2022
também, duas mulheres de muita opinião disputando a presidência do país, Simone
Tebet e Soraya Tronicke

 

Simone em seu último cargo como Senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul,
candidata pelo MDB. E Soraya, Senadora da República Federativa do Brasil,
candidata pelo partido União. Há rumores de que ambas sejam marionetes utilizadas
para causar desequilíbrio e discórdia contra o atual Presidente da República,
candidato à presidência Jair Bolsonaro, uma vez que em alguns debates, ambas
atacaram explicitamente e com muita raiva a atual gestão do Brasil. Mas existem os
que acreditam na competência das duas, tanto que Simone obteve 4,2% dos votos
válidos e Soraya 0,5%. Simone Tebet declarou seu apoio ao ex-presidente Lula para
as eleições de segundo turno, após fazer diversas críticas e acusações à gestão do
candidato à presidência do PT. Soraya manteve seu posicionamento e não apoiará
nenhum dos dois candidatos

Opiniões divergentes como estas não precisam ser vistas como algo negativo, ao
invés disso podem ser o início de debates saudáveis, que agregarão muitos valores à
sociedade. Algumas questões se fazem necessárias para o aprimoramento do
comportamento feminino diante da vida política. De que forma a participação da
mulher na política pode influenciar a população? Quais mudanças é possível observar
na percepção dos homens sobre a liderança feminina? As cotas são realmente uma
boa solução para a questão da desigualdade de gêneros na cena política? De que
forma os partidos poderiam contribuir para a formação de uma mulher política?
Soraya Tronicke e Simone Tebet tiveram um bom desempenho em suas campanhas
e posicionamentos? A iniciativa de Simone em apoiar Lula foi vista com bons olhos
pela população? Diante do atual cenário político, é possível afirmar que em um futuro
próximo as mulheres terão maior espaço entre os homens no parlamento?

 

Assista o programa completo

SOBRE OS CONVIDADOS

HELENA CARDOSO | Contadora Tributarista, Jornalista, Psicanalista, Orientadora Empresarial

 

SOBRE O PROGRAMA

A Plataforma Protagonismo Cidadão, iniciativa não governamental e apartidária
é uma rede apoiada por empresas, comunidade acadêmica e o terceiro setor, fundada
com objetivo de apoiar a iniciativa cidadã, como verdadeira protagonista do
desenvolvimento da sociedade.
Nossa plataforma se auto define, ao mesmo tempo como visão, selo e canal de
informação em plataforma digital.

O programa Protagonismo Regional em Debate, que está sendo produzido pela
equipe de comunicação do Movimento Protagonismo Cidadão, teve seu primeiro
programa veiculado em 30 de maio de 2020, e conta com a participação de
especialistas e lideranças de setores diversos. Com duração de 60 minutos as
entrevistas e debates são pautados na identidade e vocações econômicas da região.

As transmissões são feitas ao vivo pelas plataformas digitais da internet (Lives), com
apresentação e condução das entrevistas feitas por Sérgio França Coelho e Lucia
Helena Cordeiro, ambos, fundadores e membros da coordenação do Movimento
Protagonismo Cidadão.

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO

O objetivo central dos debates é colaborar com a retomada do protagonismo político e
econômico da região no cenário nacional, através da melhor exploração de suas
vocações.
Na criação de uma cultura de participação mais proativa da sociedade sobre temas
ainda restritos as classes política, empresarial e estatal.

CANAIS DE TRANSMISSÃO

Para atingir estes propósitos este projeto tem apostado em estratégias mult
plataforma de redes sociais, e uma linguagem que o torne atraente para diferentes
públicos, mas com olhar especial aos jovens de 25 a 35 anos, que ainda estão
formando consciência crítica quanto aos desafios da vida nas cidades.

|